Trump revela seu “top 3” para suceder Powell no Fed. Veja os nomes
O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou quais são os principais favoritos à indicação para suceder Jerome Powell à frente do Fed
Insatisfeito com a condução da política de juros dos Estados Unidos sob a gestão de Jerome Powell, atual chefe do (Fed, o Banco Central norte-americano), o presidente praticamente limitou a três nomes a disputa pela sucessão de Powell na autoridade monetária.
Nessa sexta-feira (5/9), em conversa com jornalistas na Casa Branca, o republicano revelou quais são os principais favoritos à indicação para suceder Powell à frente do Fed. O mandato do atual presidente do BC dos EUA termina em maio de 2026 e caberá a Trump fazer a indicação.
Segundo o presidente norte-americano, disputam a vaga o ex-diretor do Fed Kevin Warsh, e o chefe do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett.
“Minha quarta opção era Scott Bessent, mas ele não quer”, disse Trump, referindo-se ao atual secretário do Tesouro dos EUA, .
Bessent, que também participou da entrevista coletiva no Salão Oval, complementou a fala de Trump: “Não estou interessado no cargo de presidente do Fed”, afirmou.
Trump voltou a criticar o atual chefe do Fed, Jerome Powell, e cobrou a redução imediata da taxa de juros no país, . Desde que Trump assumiu o cargo para o segundo mandato, o BC dos EUA não cortou os juros.
Questionado sobre quando faria a indicação do sucessor de Powell no Fed, Trump limitou-se a responder: “Em breve, vocês saberão”.
Embora não tenha indicado qualquer preferência entre os três nomes citados como candidatos à presidência do Fed, a imprensa norte-americana tem especulado que Kevin Hassett estaria ligeiramente à frente na corrida pela vaga.
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Críticas a Powell depois do “payroll”
após a divulgação dos dados oficiais de criação de vagas de trabalho no país em agosto, na sexta-feira.
Segundo o “payroll”, indicador econômico mensal dos EUA que mostra a evolução do emprego fora do setor agrícola, , bem abaixo das estimativas do mercado (que apontavam 75 mil vagas).
Agosto foi o quarto mês consecutivo com resultados inferiores a 100 mil empregos nos EUA. É o ritmo mais fraco do mercado de trabalho norte-americano desde a pandemia de Covid-19.
A taxa de desemprego no país foi de 4,3% no mês passado. Em julho, o “payroll” mostrou a abertura de 79 mil vagas no país (dado revisado) e uma taxa de desemprego de 4,2%.
A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Fed para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia a fim de combater a inflação.
Analistas temiam que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA levasse a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, os dados fracos do “payroll” podem ser até considerados positivos, por sinalizarem maior espaço para a queda dos juros – embora também exista a preocupação em relação a uma retração excessiva da maior economia do mundo.
“Jerome ‘Tarde Demais’ Powell deveria ter reduzido os juros há muito tempo. Como sempre, ele está atrasado demais’”, ironizou Trump em mensagem publicada em sua própria rede social, a Truth Social, pouco depois da divulgação dos dados de emprego pelo Departamento do Trabalho.
Após o anúncio do “payroll”, o mercado intensificou suas apostas na queda dos juros da economia norte-americana já na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, nos dias 16 e 17 de setembro. Segundo a plataforma , ferramenta de monitoramento do CME Group, .
A taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Segundo dados do Departamento do Trabalho, , na base anual. Na comparação mensal, o índice foi de 0,2%.
A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Embora não esteja nesse patamar, o índice vem se mantendo abaixo de 3% desde julho de 2024.
Por: Metrópoles