• Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Trump autoriza CIA a realizar “ações secretas e letais” na Venezuela

Ações secretas miram o presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusado de liderar cartel de drogas

O presidente dos Estados Unidos, , autorizou secretamente a Agência Central de Inteligência () a realizar ações secretas na Venezuela, com o objetivo de intensificar uma As informações foram divulgadas pelo jornal americano The New York Times, nesta quarta-feira (15/10), e depois confirmada pelo próprio Trump. As operações autorizadas podem incluir “ações letais” e outras iniciativas da inteligência americana no Caribe, podendo ser executadas isoladamente ou em conjunto com operações militares maiores. Entenda o conflito entre os países Os EUA e a Venezuela vivem uma escalada de tensões. O governo Trump acusa o presidente venezuelano de liderar o Cartel de los Soles — grupo classificado recentemente pelos EUA como Em agosto, o governo norte-americano anunciou o envio de navios e aeronaves militares para o Caribe, em uma área próxima à costa venezuelana. No mesmo mês, o Departamento de Justiça dos EUA ofereceu uma recompensa de R$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Maduro. Os militares americanos têm atacado embarcações na costa venezuelana acusadas de transportar drogas para o território norte-americano. Ao todo, 27 pessoas morreram nos ataques. Em conversas particulares citadas pelo jornal, a Casa Branca deixou claro que o objetivo final é remover Maduro do poder. Atualmente, cerca de 10 mil soldados americanos estão posicionados na região, Trump ordenou o fim das negociações diplomáticas com o governo Maduro neste mês, frustrado com a recusa do líder venezuelano em ceder voluntariamente ao poder americano e com sua insistência de que não há envolvimento em tráfico de drogas. A autorização da CIA, conhecida como “autorização presidencial”, é um documento altamente confidencial que concede amplos poderes para ações secretas. Geralmente, integrantes do Congresso são informados sobre essas operações, Ações da CIA são comuns na América Latina desde o século passado, citando como exemplo o envolvimento da agência em golpes de Estado que levaram à instalação de ditaduras militares no Brasil e no Chile. O secretário de Estado Marco Rubio, que também atua como conselheiro de segurança nacional de Trump, lidera a estratégia para derrubar Maduro, a quem o governo americano classifica como “narcoterrorista”. Operações intensas no Caribe venezuelano Desde setembro, os EUA vêm bombardeando barcos que supostamente pertencem a organizações narcoterroristas. O último ataque foi autorizado na terça-feira (14/10), . Segundo Trump, seis pessoas morreram. A informação foi divulgada por meio de uma publicação feita pelo republicano em sua própria rede social, a Truth Social. “O ataque foi realizado em águas internacionais e seis narcoterroristas do sexo masculino a bordo da embarcação foram mortos no ataque. Nenhuma força dos EUA sofreu danos. Obrigado pela atenção a este assunto!!!!”, disse Trump. Este foi o quinto ataque registrado pelo Exército americano contra embarcações próximas ao litoral venezuelano, no Mar do Caribe, desde agosto. Essas operações, no entanto, têm sido alvo de críticas de entidades internacionais. A China condenou, nesta quarta-feira (15/10), a ação militar dos Estados Unidos O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, acusou o governo norte-americano de “exceder unilateralmente os limites razoáveis da lei” e de interferir nos assuntos internos da América Latina. A Human Rights Watch afirmou que os bombardeios violam a lei internacional por se tratar de “execuções extrajudiciais ilegais”. Leia também Venezuela exige investigações sobre ataques americanos Já o governo da Venezuela , afirmando que as vítimas — que os EUA alegam ser narcotraficantes — eram apenas pescadores. Em resposta às operações americanas nas últimas semanas, a Venezuela informou nesta quarta-feira sobre uma , próximas ao principal aeroporto do país. O país também se prepara para decretar um possível estado de emergência externa, uma medida que concede a Maduro poderes especiais e inclui a “restrição temporária” de direitos constitucionais.
Por: Metrópoles

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