Sete governadores comentaram nesta 2ª feira (4.ago.2025) a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Cláudio Castro (PL), do Rio; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; e Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas, criticam a medida.
Tarcísio publicou vídeo nas redes sociais em que diz que a prisão de Bolsonaro “é um absurdo” e que o ex-presidente foi “julgado e condenado” por um “crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”.
O governador é o principal herdeiro político de Bolsonaro, que está inelegível até 2030.
Sem mencionar diretamente Moraes, Tarcísio ainda afirmou que “já passou da hora das instituições tomarem iniciativas para desescalar a crise”.
“[Já passou da hora de] Acabarem com uma disputa que resulta em soma zero, que mostra incapacidade de resolver e mediar conflitos, que não gera outro efeito senão a perda de confiança”, declarou.
Assista (50s):
Romeu Zema disse que a decisão de Moraes “é mais um capítulo sombrio na história de perseguição política do STF”.
“É a democracia do silêncio. A democracia do medo”, escreveu.
Já Cláudio Castro chamou a prisão domiciliar de Bolsonaro de “medida extrema” e disse que a decisão “acirra tensões políticas”.
Ratinho Jr. também manifestou solidariedade a Bolsonaro e afirmou que a prisão domiciliar do ex-presidente é uma “cena triste”.
Ronaldo Caiado afirmou que Bolsonaro “já está condenado” antes da conclusão de seu julgamento. Ele criticou o STF e a condução do processo contra Bolsonaro. O ex-presidente é réu na Corte por tentativa de golpe de Estado.
“Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado. Isso é grave, ainda mais se observarmos um processo que começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma Câmara e não pelo Pleno da Suprema Corte”, afirmou o governador goiano.
Eduardo Leite disse que recebeu “com desânimo” o episódio da prisão domiciliar do ex-presidente.
“Não gosto da ideia de um ex-presidente não poder se manifestar, e gosto menos ainda de vê-lo ser preso por isso, antes ainda de ser julgado pelo órgão colegiado da Suprema Corte”, afirmou.
Wilson Lima declarou que Bolsonaro “não deveria ser punido antecipadamente por se manifestar politicamente”.