O banco Santander foi alvo de ataque hacker na tarde desta 5ª feira (4.set.2025), conforme apurou o Poder360. Houve uma ação com um grande volume de consultas simultâneas por meio de QR Code de Pix que resultou em instabilidade e interrupção de serviços. Não houve desvio de recursos nem acesso a dados.
Esse tipo de ação hacker é descrita como ataque de negação de serviços, quando há uma tentativa maliciosa de causar uma sobrecarga a um serviço on-line, buscando deixar o sistema inacessível. É equiparado a um “vandalismo digital”.
Esse ataque hacker ao Santander difere da invasão que se deu contra a empresa de tecnologia Sinqia Digital. A ação registrada na 6ª feira (29.ago) afetou duas instituições financeiras clientes no Brasil: o HSBC Brasil e a Artta, uma sociedade de crédito. Segundo a Sinqia, as transações irregulares foram realizadas por meio da exploração de credenciais legítimas de fornecedores de TI.
A empresa afirma que encerrou o acesso dessas credenciais e que não há indícios de comprometimento de dados pessoais. Na 3ª feira (2.set), a Sinqia disse ter recuperado parte dos R$ 710 milhões desviados na ação hacker. As autoridades conseguiram assegurar R$ 366 milhões em um 1º momento.
O ataque cibernético atingiu exclusivamente o ambiente Pix da empresa no Brasil. Nenhum outro sistema da companhia apresentou atividades suspeitas, conforme informado pela própria Sinqia. A empresa foi desligada do sistema de acesso do Banco Central depois da detecção das operações atípicas por volta das 15h30 daquele dia, e não há previsão de retorno ao funcionamento.
O Poder360 entrou em contato com as assessorias do Banco Central e do Santander para obter um posicionamento sobre o ataque hacker desta 5ª feira (4.set), mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.