A aprovou, nesta quinta-feira (25/7), um projeto de lei que criminaliza a simples busca por conteúdo classificado como “extremista” na internet. A proposta, já aprovada pela câmara baixa nesta semana,
Tal medida estabelece multa de até 6 mil rublos (aproximadamente US$ 64) para quem realizar o que chama de “busca e acesso deliberado a materiais extremistas”.
A legislação, no entanto, não define com clareza como essa conduta será monitorada — ou diferenciada de acessos acidentais.
O que é considerado “extremismo” para os russos?
Entre os alvos desse enquadramento estão a Fundação Anticorrupção, criada pelo falecido opositor Alexei Navalny, e o chamado “movimento LGBT internacional”, incluído na lista negra do governo em novembro de 2023.
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VPNs e censura em alta
, que já perdura há três anos no leste europeu, muitos russos passaram a usar redes privadas virtuais (VPNs) para acessar conteúdo bloqueado pelo Estado.
O governo, porém, investe em tecnologia para rastrear e bloquear esses protocolos, na tentativa de endurecer o cerco digital.
Segundo autoridades, a nova lei não afetará usuários comuns da internet, e sim aqueles que “buscam metodicamente” informações proibidas.
Ainda assim, não foi explicado como as autoridades irão distinguir uma pesquisa casual de uma intencional.

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Repressão
A aprovação da lei ocorre em meio à intensificação da repressão estatal contra a dissidência. Desde o início da guerra, centenas de ativistas, jornalistas e cidadãos comuns
Veículos de imprensa independentes foram fechados, rotulados como “agentes estrangeiros” ou classificados como “indesejáveis”, enquanto organizações de direitos humanos também sofreram sanções ou foram dissolvidas.
A nova legislação amplia o controle do Kremlin sobre o espaço digital russo, num contexto em que a internet, antes um território relativamente livre, se torna cada vez mais monitorado e punido.