Rodeio em touros brasileiro se confunde com a história de Paulo Emilio
A história do rodeio brasileiro inicia-se na década de 80 e conta com muitos personagens, inclusive grandes touros que desafiaram ao longo das décadas os peões; tropeiro Paulo Emilio contou sua história com ricos detalhes, confira
A história do rodeio brasileiro inicia-se na década de 80 e conta com muitos personagens, inclusive grandes touros que desafiaram ao longo das décadas os peões; tropeiro Paulo Emilio contou sua história com ricos detalhes, confira Em entrevista exclusiva ao portal de notícias Compre Rural, o tropeiro e proprietário da Cia. do Rodeio, Paulo Emilio contou como surgiu a paixão pelo rodeio e a fundação da Cia. número 1 do Brasil que transformou o mundo do rodeio e como o esporte é conhecido nacionalmente.
Paulo Emilio nasceu na cidade que é considerada a capital nacional do rodeio, em Barretos no interior paulista, onde acontece atualmente a maior festa de peão do mundo. Apenas no ano passado a festa teve um público de aproximadamente 900 mil pessoas em todos os dias do evento. E, de acordo com o Centro de Inteligência e Economia do Turismo (CIET), vinculado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), o evento gerou, em 2022, R$ 1,24 bilhão em impacto direto e indireto em 11 dias (R$ 112 milhões/dia).
Quando criança passava as férias na fazenda dos avós, onde tinha peões de cavalo finalistas como o Carlos Vieira, então, crescendo no mundo dos rodeios e começou a montar em bezerro logo cedo.
“ Eu cresci assim e na década de 80 em Rio Preto tinha uma turma que chamava Turma do Chapéu, e era sócio de um clube da cidade, onde participavam filhos de fazendeiro, e todo final de semana a gente ia montar num sítio de um amigo que tinha brete. Já montava em bezerro e naquela época os caras que eram os heróis para nós era Salustiano Ribeiro, que fazia karatê e eu cheguei a treinar com ele, além de Tião Procópio. Então aos 14 anos eu que sempre fui grande e forte e já montava em boi, passava o boi no pasto já puxava no canto da porteira e montava. Hoje o peão está no luxo, montando em arena coberta, nós sofremos antigamente”, relembrou Emilio.
Paulo Emilio contou que num dia de sábado de aleluia ele quebrou a clavícula e seu primo o nariz após montar em boi.
“O dia de Sexta-feira da Paixão, chamada Sexta-feira Santa, não era dia de mexer com animal, na fazenda a gente tinha essas coisas. Toda Sexta-feira Santa na fazenda da minha avó o capataz não trabalhava, nem leite tirava, soltava as vacas e somente os bezerros mamavam. Cresci com essas histórias de fazenda, pois fui criado pelo meu avô dos seis meses até os seis anos, então fui criado no meio dos peões e adquiri essa índole de gostar muito de criação”, recordou Emilio. Foto: André Silva / Comunic Comunicação CorporativaDe peão para a Cia. de Rodeio Foi aos 16 anos, quando começou a montar em boi profissionalmente com a Turma do Chapéu, inclusive teve a oportunidade de montar em Barretos, mas após se machucar seu pai o proibiu de montar novamente, e então formou a Cia. Paulo Emilio.
“Na época meu pai era prefeito de Icém, município próximo a São José do Rio Preto. E, como ele não deixava montar eu alterei meu documento, pois eu não tinha idade para montar por conta própria, e foi em 1989 que o coordenador na época o Silvio descobriu, meu pai era presidente da festa e prefeito da cidade imagine como foi”, lembrou Emilio.
E, foi a partir disso que seu pai lhe deu 13 touros, comprou um ônibus, construiu arquibancada e montou a Cia. Paulo Emílio.
“ A gente achava que o rodeio era visão de circo antiga, mas quando eu viajava para os Estados Unidos eu via que lá era diferente, desde as embalagens dos salgadinhos coloridas e metálicas. Então começamos a inovar no rodeio. Fui o primeiro a ter Volvo, mandei fazer uma carreta grande e fui criando isso. Também fui o primeiro a usar camisa bordada por patrocinador, criando moda, foto de touro, e a companhia foi crescendo, sempre pensando numa visão mais empresarial. Modernizamos o rodeio, o que era rústico deixamos com ar empresarial”, contou. Foto: Divulgação / TV GloboDas arenas para a dramaturgia Divisor de águas para o rodeio brasileiro – Na década de 90 veio a Ana Raio e Zé Trovão, uma telenovela brasileira produzida pela extinta Rede Manchete. Com direção de Jayme Monjardim a novela era itinerante, não havia cenário nem estúdio fixo, os atores e profissionais viajavam pelo Brasil inteiro para gravar em paisagens do interior, feiras e rodeios.
“ Jayme precisava de touros, então na época deixei com ele uma parte da Cia. Paulo Emilio, com touros, estrutura, som, para acompanhar as gravações e fazer os rodeios. Foi quando veio a novela América, o então diretor André Dias, que sempre foi amigo nosso, trabalhava com a transmissão dos rodeios na televisão e sempre apoiou o rodeio, um dia ele me ligou, estava tendo rodeio em Barretos e ele me disse a Glória Perez quer te conhecer, quer ver o Bandido. Fomos lá num curralzinho de ferro, pedi para colocar o Bandido num piquete pois era um boi meio difícil de mexer, colocamos comida, e a Glória ficou uns cinco minutos olhando para esse boi e, ao sairmos me ‘Seu touro é mágico’, essa novela foi um divisor de águas para o rodeio brasileiro”, contou Emilio.
Foto: DivulgaçãoBandido, morto em 2009, é uma lenda do rodeio e astro de novela América. Consagrado como o melhor touro de rodeio brasileiro por derrubar mais de 200 peões, o Touro Bandido contracenou junto do personagem Tião, interpretado pelo ator Murilo Benício, e durante a novela foi recriada a cena chocante, onde o peão Neyliowan Tomazelli foi arremessado por Bandido a seis metros de altura, no rodeio de Jaguariúna em 2001.
“Lembro que o pessoal da proteção dos animais ligava pra mim para parabenizar, pois meu touro acabava com os peões. Eles falavam ‘parabéns esse touro é o cara, derruba e pega todo mundo, esses peões que judiam dos animais’ eu dizia não é bem assim. Mas foi a partir do sucesso dessa novela que conseguimos mostrar que o animal de rodeio não é maltratado, tanto é que o rodeio hoje tem lei federal e está onde está”, destacou. Paulo Emílio Marques foi pioneiro na criação de touros de pulo no Brasil e atualmente a Cia. do Rodeio Paulo Emilio possui cerca de 700 animais que participam do programa de melhoramento genético na Fazenda Santa Martha, localizada no município de Icém, interior do Estado de São Paulo.
A Cia. do Rodeio Paulo Emilio promove na próxima terça-feira (11) a partir das 18h o 4º Leilão de Genética Cia Paulo Emilio a Nº1 do Brasil, diretamente da Fazenda Santa Martha, localizada no município de Icém, em São Paulo, a cerca de 50 quilômetros de São José do Rio Preto.
Entre os lotes há fêmeas de genética prenhes, vacas paridas, bezerras, receptoras com produtos de embrião na barriga e uma doadora destaque do plantel da Cia. A genética disponível será dos seguintes touros de rodeio: Europeu, Agressivo, Britânico, Bandido, Moscou, Himalaia, Bipolar, Não Me Rele, Agressor Jr., Extremo e Extrapolar. Confira todos os detalhes aqui.
Por: Redação
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