Quatro gerações, 250 pôneis e uma paixão que começou em 1967: a tradição do Haras São Rafael
Com foco em qualidade em quantidade, Guilherme Fernandes mantém o legado da família e já prepara o filho Tomás para assumir a quarta geração da criação de pôneis da Raça Brasileira no RS
Com foco em qualidade em quantidade, Guilherme Fernandes mantém o legado da família e já prepara o filho Tomás para assumir a quarta geração da criação de pôneis da Raça Brasileira no RS Desde 1967, uma história singular de dedicação à criação de pôneis vem sendo escrita no campo gaúcho. No comando do tradicional Haras São Rafael, o pecuarista Guilherme Fernandes representa a terceira geração da família envolvida com a raça Pônei da Raça Brasileira — um cruzamento entre Shetland, Falabella e linhagens nacionais. Agora, ele se prepara para passar o bastão ao filho Tomás, que representa a quarta geração de apaixonados pela atividade. “Iniciou com meu avô Armando. Meu pai, José Antônio, foi quem mais acreditou e incentivou essa criação. E agora, o Tomás vai pegar uma criação padronizada, muito organizada e com alto nível zootécnico”, conta Guilherme, destacando que a base sólida permitiu à família chegar a um plantel de 250 animais criados a campo.
Na foto acima tirada em 2018, da esquerda para a direita: Guilherme Fernandes, Pedro Fernandes (sobrinho de Guilherme) José Antônio Fernandes (Pai e segunda geração no comando da criação do Pônei da Raça Brasileira no Haras São Rafael). Foto: Arquivo PessoalRaça Brasileira, padronização e rusticidade O diferencial do Haras São Rafael está na padronização genética e morfológica dos animais. Criados 100% a campo, os pôneis recebem manejo sanitário rigoroso e convivem em manadas ao ar livre, o que garante rusticidade e adaptação a diferentes biomas do país. Os reprodutores, mesmo no inverno, seguem em grupos e só vão à cocheira no pré-exposição. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});“A padronização das minhas éguas assusta. Elas são muito parelhas. Isso é um dedo de criador. Eu sou bem assertivo nos cruzamentos e consigo tirar o melhor de cada reprodutor com as minhas matrizes”, afirma Guilherme. A zootecnista Damásia cuida da organização dos documentos e da parte sanitária do plantel, enquanto Guilherme é quem realiza os cruzamentos. Garanhão reprodutor GARF DOM, um dos campeões do Haras São Rafael. Foto: Arquivo PessoalMercado aquecido e genética valorizada Mesmo sendo uma raça pouco numerosa no Brasil — entre 16 a 20 mil animais registrados — o mercado para pôneis brasileiros está em forte valorização. Segundo Guilherme, os leilões voltaram a aquecer e a procura internacional também cresceu, especialmente pela exportação de pôneis vivos. “É difícil fazer pônei. Os índices de prenhez são mais baixos, a criação tem peculiaridades. Mas hoje os animais bons estão valendo muito. E o mercado voltou a nos dar boas oportunidades”, comenta. Guilherme começou a ganhar dinheiro cedo com os pôneis. “Foi com 16, 17 anos, quando comecei a fazer os leilões, que comecei a ganhar meu primeiro dinheiro”, lembra. Comemoração dos 50 anos de criação. Foto: Arquivo PessoalOs leilões foram um divisor de águas: tornaram Guilherme conhecido e reconhecido nacionalmente pela qualidade dos seus animais e pela eficiência na entrega. “Fazia quase que uma exportação dentro do Brasil. O esquema de logística que organizamos a partir de Uberaba me tornou único por muitos anos, com capacidade de entregar em qualquer lugar do país”, afirma.
Foram 32 leilões realizados, com mais de 2 mil pôneis comercializados e entregues nos 26 estados e no Distrito Federal. A atuação ultrapassou fronteiras, com exportações para Paraguai, Bolívia, Venezuela, Namíbia, Costa do Marfim, Senegal e Angola. Foram 32 leilões realizados, com mais de 2 mil pôneis comercializados e entregues nos 26 estados e no Distrito Federal. A atuação ultrapassou fronteiras, com exportações para Paraguai, Bolívia, Venezuela, Namíbia, Costa do Marfim, Senegal e Angola. Um capítulo à parte foi a parceria com o leiloeiro Guilherme Minssen e sua família, que possibilitou difundir a raça no Norte do Brasil e viabilizar entregas por balsas no Baixo Amazonas, chegando a Oriximiná, Óbidos, Santarém e diversas ilhas do arquipélago marajoara. Conexão com o agro e a Agroexporte A criação de pôneis não apenas moldou a vida de Guilherme como também abriu portas para outros segmentos do agronegócio. Foi através da exportação de pôneis que ele conheceu Silvio de Castro de Cunha Júnior, proprietário da Agroexporte. “Ele me abriu muitas portas em Uberaba e me oportunizou conhecer muita gente”, revela. Desse contato nasceu a NSL Confinamento, hoje o maior do Rio Grande do Sul, com 26% da capacidade estática do estado. “Foi com os pôneis que entrei no agro e construí tudo que veio depois”, resume.
Guilherme e seu filho Tomás na mangueira com gado para exportação. Foto: Thiago PereiraTomás, a próxima geração Com apenas 2 anos e meio, o pequeno Tomás já demonstra paixão pelo que herdará. “Pelo que está pintando, vai gostar tanto quanto eu. Não me lembro de saber o nome dos pôneis com essa idade, como ele sabe. Ele gosta da função: mexer, puxar, estar no meio dos animais”, diz o pai com orgulho. A apresentação de Tomás na Expointer deste ano, com 32 animais da tropa do haras, será um marco: a primeira exposição com a assinatura da quarta geração. E no dia 28 de outubro, o Haras São Rafael realizará o aguardado leilão “Quarta Geração”, transmitido pelo Lance Rural — o primeiro com a presença oficial de Tomás no comando ao lado do pai.
Por: Redação
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