• Sexta-feira, 18 de julho de 2025

Núcleo 2 tem depoimento esvaziado no STF pelo 2º dia seguido

Testemunhas deixaram de comparecer ao STF; defesa de Marcelo Câmara tem até 21 de julho para marcar participações ou receber declarações por escrito.

A audiência de depoimentos das testemunhas de defesa de Marcelo Câmara nesta 5ª feira (17.jul.2025) terminou cerca de 1 hora e 20 minutos depois de ter sido iniciada. O juiz auxiliar do STF (Supremo Tribunal Federal), Rafael Henrique Tamai Rocha, suspendeu a sessão pela ausência de parte das testemunhas.

Câmara é um dos réus do chamado “núcleo 2” da denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria Geral da República), que descreve esse grupo como responsável pela “gerência” do plano “golpista”. Foi responsável por “coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas”, segundo a denúncia, junto do militar Mário Fernandes. Era ele quem repassava a agenda e os deslocamentos de Alexandre de Moraes a Mauro Cid, conforme as investigações. Leia mais ao final desta reportagem.

Câmara havia indicado 20 testemunhas ao tribunal para depor nesta 5ª feira (17.jul). Somente 5 falaram:

A defesa fez perguntas sobre a transição de governo, eventuais reuniões entre os comandantes das Forças Armadas e um suposto núcleo de inteligência paralelo. As testemunhas disseram que, até onde tinham conhecimento, Marcelo Câmara não monitorou autoridades.

Ao final da audiência, os advogados das defesas de Câmara e Filipe Martins criticaram o ministro Alexandre de Moraes por não intimar as testemunhas a depor. Afirmam que, se fosse o caso, o número de ausências diminuiria.

A defesa de Câmara declarou que ainda não irá desistir do restante das testemunhas que não compareceram, e que aguardará o depoimento por escrito dos seguintes depoentes:

Na 6ª feira (18.jul), a 1ª Turma do STF ouve as testemunhas da ré Marilia Ferreira de Alencar e dos réus Mário Fernandes e Silvinei Vasques.

Segundo a PGR, os integrantes desse grupo atuaram para manter Bolsonaro no cargo por meio de ações que incluíram a elaboração de uma “minuta do golpe”, o monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes e o uso da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para dificultar o acesso de eleitores, principalmente no Nordeste, às urnas no 2º turno das eleições de 2022.

Eles são acusados de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.

Os réus da ação penal 2693 são:

As audiências são realizadas nas salas do prédio anexo do STF. As testemunhas prestam depoimento por videoconferência. Jornalistas não estão autorizados a gravar as sessões, mas os registros feitos pela Corte serão anexados ao processo.

Eis o restante do cronograma:

Por: Poder360

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