• Sexta-feira, 18 de julho de 2025

Defesa de Sérgio Cabral pede ao STF anulação de atos da Lava Jato

Condenado a 14 anos de prisão por receber propina de empreiteira, ex-governador do Rio diz que foi vítima da parcialidade de Sergio Moro.

A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pediu nesta 5ª feira (17.jul.2025) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que estenda a ele os efeitos da decisão do ministro Dias Toffoli que anulou todos os atos da Lava Jato envolvendo o doleiro Alberto Youssef.

Em 2017, Cabral foi condenado a 14 anos de prisão pelo então juiz Sergio Moro, atualmente senador pelo União Brasil (PR), acusado de ter recebido propina da empreiteira Andrade Gutierrez. As informações são do Valor Econômico.

Segundo os advogados, a denúncia contra o ex-governador foi fundamentada em provas obtidas durante as investigações que envolviam Youssef. A defesa afirma que a decisão de Toffoli compromete a legalidade de todo o processo.

“Diante do reconhecimento das ilegalidades praticadas em desfavor de Alberto Youssef, maculando a operação Lava-Jato desde sua origem, aliado aos elementos de prova que demonstram o conluio entre procuradores e magistrado em detrimento do peticionante, requer seja declarada a nulidade de todos os atos”, diz o pedido.

De acordo com a denúncia, Cabral teria recebido propina por meio de intermediários para garantir à Andrade Gutierrez o contrato de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.

Esse é o 2° pedido de extensão apresentado desde a decisão de Toffoli na 3ª feira (15.jul.2025). Na 4ª feira (16.jul.2025), o doleiro Carlos Habib Chater também solicitou a extensão da decisão sobre Youssef.

Chater foi dono do Posto da Torre, que deu origem à Operação Lava Jato. Em 2018, ele foi condenado por Moro por crimes contra o sistema financeiro, associação criminosa e evasão de divisas.

Por: Poder360

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