No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, são estimados cerca de 76 mil novos casos da doença por ano. Uma em cada 8 mulheres tem ou terá câncer de mama. Cerca de 10% desse total, são diagnósticos da doença metastática, ou seja, no estágio mais avançado.
Quando o diagnóstico se dá no estágio inicial, a chance de cura é de 95%, diz a oncologista Daniele Assad Suzuki. Por isso, a necessidade da conscientização para a prevenção e o rastreamento feito por meio de mamografia.
Daniele conta que o movimento Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 nos Estados Unidos para alertar para o rastreamento do câncer de mama a fim de identificar a doença nos estágios iniciais.
O objetivo é conscientizar a população das mulheres a partir de 40 anos de que é preciso fazer mamografia. “É importante as pessoas saberem o que é rastreamento e o que é prevenção. Prevenção são medidas simples para não colocar a saúde em risco, como não fumar, não beber, fazer atividade física, combater a obesidade e tomar as vacinas preconizadas”, afirmou.
Já o rastreamento é feito para detectar a doença antes de ela aparecer. “Ou seja, você detecta uma doença microscópica, aumentando as chances de cura e com tratamentos menos agressivos”, diz a especialista.
Daniele Assad Suzuki declara que a cobertura de mamografia não é a ideal no Brasil. “Por isso, usamos este mês para aumentar os números de exames feitos por rastreamento”, diz.
Segundo a oncologista, antes o Ministério da Saúde recomendava mamografia para mulheres a partir dos 50 anos. Agora, a cobertura é a partir dos 40 anos. “Nessa faixa, a cobertura é em torno de 30%”, afirma. Muito baixa, de acordo com a especialista.
Infelizmente, conforme a médica, há uma discrepância nos números quando se compara o atendimento da iniciativa privada e de saúde suplementar com o do SUS (Sistema Único de Saúde) por conta do acesso.
“O tempo que as pacientes demoram para tratar é muito maior na rede pública do que na rede privada. Além disso, na rede privada há acesso a medicamentos que não estão disponíveis no sistema público”, declara.
Para as mulheres com câncer de mama, Daniele diz que o diagnóstico deve ser encarado como uma jornada. “Novos tratamentos estão chegando a cada dia. As pesquisas estão vindo com muita força”, afirma.