• Quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Querem instalar um regime colonial na Venezuela, diz Maduro

Presidente do país sul-americano volta a criticar investida dos EUA, que enviaram navios de guerra para o mar do Caribe.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), voltou a criticar na 4ª feira (20.ago.2025) o envio de navios de guerra norte-americanos para o mar do Caribe. Ao participar da cúpula da Alba-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), ele classificou a operação do governo Donald Trump (Partido Republicano) como “violação do direito internacional”. 

Maduro afirmou que os Estados Unidos utilizam operações antidrogas como justificativa para uma possível intervenção no país. “Que regime eles querem mudar? Querem substituir o regime independente dos nossos países, da Venezuela, por um regime dependente, subordinado e colonial. Querem mudar a nossa atitude como país independente para nos colonizar abertamente. […] esse colonialismo que atingiu toda a nossa América”, disse.

Ainda na 4ª feira, a cúpula emitiu uma declaração conjunta rejeitando a presença militar dos EUA e pedindo respeito à soberania. “Rejeitamos categoricamente as ordens do governo dos Estados Unidos para mobilizar forças militares sob pretextos, com a clara intenção de impor políticas ilegais, intervencionistas e contrárias à ordem constitucional dos Estados da América Latina e do Caribe”, diz o comunicado. 

O documento também afirma: “Denunciamos ao mundo que o envio de tropas norte-americanas às águas caribenhas, disfarçado de operações antidrogas, representa uma ameaça à paz e à estabilidade da região e constitui uma flagrante violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”. Eis a íntegra (PDF – 165 Kb, em espanhol). 

Na 3ª feira (19.ago), o governo Trump disse que os EUA enviariam, em até 36 horas, 3 navios de guerra para a costa venezuelana. A medida, segundo os EUA, faz parte do esforço para combater o narcotráfico na América Latina. 

Segundo fontes ligadas à Casa Branca, cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais serão empregados na missão.  Não foram divulgadas informações sobre a duração da operação militar ou possíveis negociações diplomáticas.

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Por: Poder360

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