A China registrou redução de 1% nas emissões de CO2 (dióxido de carbono) durante o 1º semestre de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, de acordo com estudo do CREA (Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo), sediado em Helsinque, na Finlândia. O levantamento atribui a queda principalmente ao maior uso de energia renovável na geração elétrica do país.
O estudo, elaborado pelo analista-chefe do CREA, Lauri Myllyvirta, para a organização britânica Carbon Brief identificou uma redução de 3% nas emissões do setor energético chinês entre janeiro e junho deste ano. O setor é a principal fonte de gases de efeito estufa no país.
Segundo o documento, a China está no caminho para registrar declínio nas emissões durante todo o ano de 2025, impulsionado principalmente pelo crescimento contínuo da capacidade de energia solar.
A última vez que o país havia reportado redução anual de emissões foi em 2022, durante a pandemia de covid-19. O país estabeleceu compromissos para que suas emissões atinjam o pico até 2030 e para alcançar neutralidade de carbono até 2060.
O consumo de carvão no setor energético chinês diminuiu 3% durante o 1º semestre, enquanto o uso de gás para geração elétrica aumentou 6%. As emissões também caíram nos setores de materiais de construção, metais, cimento e aço, influenciadas pela desaceleração do mercado imobiliário chinês.
A indústria química chinesa destaca-se como exceção à tendência de queda. O uso de carvão como insumo para combustíveis sintéticos e produtos petroquímicos cresceu 20% no 1º semestre de 2025. O estudo indica que o crescimento do setor de carvão para produtos químicos adicionou 3% às emissões de carbono da China desde 2020, e pode acrescentar mais 2% até 2029.