• Sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Putin define exigências para acordo de paz com a Ucrânia

Presidente russo recua em parte das demandas, mas exige entrega do Donbass e que ucranianos desistam de entrar na Otan.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin (independente), definiu quais são as suas exigências para encerrar a guerra com a Ucrânia, iniciada com a invasão de 2022.

De acordo com 3 pessoas próximas ao Kremlin, ele disse ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), na reunião de 15 de agosto no Alasca, que pretende firmar um acordo de paz e abriu mão de parte das exigências feitas em junho de 2024. As informações são da Reuters.

As novas exigências de Putin são:

Antes, Moscou exigia o controle também de Kherson e Zaporizhzhia. Agora, Putin aceita manter as linhas atuais nesses territórios e cogita devolver pequenas áreas de Kharkiv, Sumy e Dnipropetrovsk.

Atualmente, a Rússia controla 88% do Donbass e 73% de Kherson e Zaporizhzhia, o equivalente a cerca de 20% da Ucrânia.

O governo ucraniano ainda não comentou sobre a proposta, mas o presidente Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro) já rejeitou abrir mão de território reconhecido internacionalmente e afirmou que o Donbass é essencial para a defesa do país.

Em meio às negociações de paz, a Rússia realizou um ataque na 5ª feira (21.ago) na região oeste da Ucrânia. Pelo menos uma pessoa morreu e outras 18 ficaram feridas.

Trump e Putin, reuniram-se no Alasca em 15 de agosto. Dias depois, na 2ª feira (18.ago), Zelensky participou de encontro na Casa Branca com o presidente norte-americano e outros líderes europeus.

O republicano admitiu que Putin pode não querer fechar um acordo. “Putin está cansado dessa guerra. Mas vamos descobrir mais nas próximas semanas… É possível que ele não queira fechar um acordo”, disse o presidente norte-americano.

Putin, porém, sinalizou aceitar um possível encontro trilateral com Trump e Zelensky. O local da reunião ainda não foi definido. De acordo com a agência France Presse, os russos sugeriram Moscou, proposta já recusada pelo presidente ucraniano.

Por: Poder360

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