O Brasil registrou 2.451.130 hectares queimados de 1º de janeiro a 31 de julho de 2025, segundo dados do MapBiomas. Houve uma redução de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o fogo atingiu 6 milhões de hectares nos 7 primeiros meses de 2024.
Segundo o MapBiomas, a maior parte da área queimada (28,5%) foi em formação campestre. Na sequência estão formação savânica (21,2%) e pastagem (14,6%). Eis a íntegra do relatório (PDF – 3 MB).
A área queimada apenas no mês de julho foi de 748.178 hectares. A maior parte foi registrada no Tocantins: 203.854 hectares. O Estado é seguido por Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Amazonas e Goiás.
O bioma mais afetado em julho foi o Cerrado, com 571.214 hectares queimados. Seguem-se Amazônia (143.164), Mata Atlântica (24.429), Caatinga (6.822), Pampa (1.277) e Pantanal (1.272).
O Brasil perdeu, em média, 2,9 milhões de hectares de áreas naturais por ano, de 1985 a 2024, totalizando uma redução de 111,7 milhões de hectares. Essa área é maior que a Bolívia, país com cerca de 109,9 milhões de hectares.
Os dados são da nova coleção do projeto MapBiomas, lançada em 13 de agosto. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 2 MB).
O levantamento mostra um cenário de profundas transformações, com impactos significativos nas áreas naturais e na expansão da agropecuária. A edição deste ano também inclui uma nova categoria: o mapeamento de usinas fotovoltaicas, que se expandiu pelo país de 2015 a 2024, com 62% da área mapeada no país concentrada na Caatinga.
O percentual de municípios que têm a agropecuária como atividade que ocupa a maior parte de seu território subiu de 47% em 1985 para 59% em 2024. Pastagem e agricultura foram os usos da terra que mais se expandiram. A área ocupada com pastagem cresceu 68% (62,7 milhões de hectares) e a agricultura, 236% (44 milhões de hectares).