O governo de Donald Trump (Partido Republicano) anunciou na 5ª feira (21.ago.2025) que está revisando os mais de 55 milhões de vistos válidos concedidos a estrangeiros nos Estados Unidos.
Segundo a agência AP (Associated Press), a medida inclui os documentos de pessoas que já possuem autorização para entrar no país, podendo afetar brasileiros.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou que todos os estrangeiros que têm o visto estão sujeitos a uma “verificação contínua”.
“O Departamento de Estado revoga vistos sempre que houver indícios de uma possível ineligibilidade, o que inclui fatores como sinais de permanência além do permitido, atividades criminais, ameaças à segurança pública, envolvimento em qualquer forma de atividade terrorista ou fornecimento de apoio a uma organização terrorista”, disse o órgão em uma nota, citada pela AP.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou na rede social X que os EUA estão suspendendo imediatamente a emissão de todos os vistos de trabalho para motoristas de caminhão. “O número crescente de motoristas estrangeiros operando grandes caminhões com reboque nas estradas dos EUA está colocando vidas de norte-americanos em risco e prejudicando o sustento dos caminhoneiros norte-americanos”, disse.
Na 3ª feira (19.ago), o governo dos EUA disse que vai considerar “ideologias antiamericanas” ao analisar pedidos de visto para imigrantes. O USCIS (sigla em inglês para Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos) está atualizando os fatores que devem ser considerados na concessão de vistos.
Entre as medidas anunciadas também está a obrigatoriedade de postulantes a vistos estudantis manter os perfis em redes sociais com configurações “públicas” –para que qualquer pessoa tenha acesso ao perfil. O país vai passar a exigir, a partir de 2 de setembro, que a maioria dos solicitantes de visto de não imigrante para os EUA –incluindo quem vai renovar– passe por entrevista presencial com um oficial consular.
Em 14 de agosto, a Embaixada dos EUA no Brasil publicou um vídeo em que reforça que mulheres grávidas estão proibidas de viajar ao país “com o principal objetivo de dar à luz” para conseguir a cidadania norte-americana para os filhos.