• Terça-feira, 16 de setembro de 2025

Primeira-dama de João Pessoa vira ré sob suspeita de atuar com facção

Denúncia do MPE afirma que Lauremília Lucena articulou com facção Nova Okaida para interferir nas eleições.

A Justiça Eleitoral da Paraíba aceitou, nesta 3ª feira (16 set. 2025), a denúncia criminal contra a primeira-dama de João Pessoa, Maria Lauremília Assis de Lucena, e mais 9 pessoas, por atuarem junto com a facção criminosa Nova Okaida para intimidar opositores do prefeito Cícero Lucena (PP-PB) nas eleições municipais.

Lauremília Lucena chegou a ser presa em setembro de 2024 na 3ª fase da operação Território Livre, da PF (Polícia Federal), que investigava uma organização criminosa com a participação de agentes políticos, servidores públicos e integrantes da facção, que atua no controle territorial de bairros da capital paraibana, como São José e Alto do Mateus.

Em nota, a defesa da primeira-dama negou as acusações e afirmou que provará sua inocência no decorrer do processo.

De acordo com o MPPB (Ministério Público da Paraíba Eleitoral), o grupo liderado por Lauremília Lucena concedia cargos e benefícios na administração municipal para líderes do grupo Nova Okaida, que, localmente, intimidava eleitores que vivem nas regiões controladas pela facção.

A 1ª Vara da Zona Eleitoral de João Pessoa recebeu a denúncia do MPPB no mesmo dia e tornou réus:

O MPPB entende que investigações concluíram uma série de evidências que comprovam a infiltração da “criminalidade organizada no processo democrático”. Entre as provas colhidas, os investigadores destacam interceptações telefônicas, mensagens eletrônicas, documentos oficiais e a apreensão de valores em espécie.

Segundo o órgão, a ação tramita em segredo de justiça.

Em nota, a defesa da primeira-dama afirmou que “tem certeza da improcedência dos fatos relacionados” e provará a inocência de Lauremília Lucena no decorrer do processo. Leia a íntegra:

“A Sra. Lauremília reafirma estar confiante no trabalho da Justiça e que provará sua total inocência no decorrer do processo. Ela segue colaborando com as investigações e sempre pautou sua vida pela integridade, correção e compromisso com os mais necessitados, nunca tendo se envolvido em qualquer prática ilícita. Sua trajetória é amplamente reconhecida pela dedicação às causas sociais, religiosas e por seu caráter irrepreensível.

“A defesa vê com tranquilidade o oferecimento da denúncia, pois tem certeza da improcedência dos fatos relacionados a ela. Apenas agora, com a liberação de todos os fatos, é que a defesa terá condições de começar a revelar a verdade que propiciará a absolvição plena de Lauremília. Quem a conhece sabe do seu trabalho social e que ela não tem qualquer envolvimento com as acusações.

“Lauremília informou que continua tendo fé absoluta em Deus, crença na justiça e confiança no restabelecimento da verdade.”

Eis o que disse a defesa de Raíssa Lacerda:

“A assessoria jurídica de Raissa Lacerda acolhe com serenidade a notícia de que o juízo da 1ª zona eleitoral da capital recebeu formalmente a denúncia decorrente da autodeclarada ‘operação território livre’, na qual se apuram supostas irregularidades na campanha eleitoral de 2024. 

“A defesa esclarece que apesar do decurso de quase um ano da investigação, ainda não teve a oportunidade de prestar esclarecimentos, e até o presente momento sequer teve acesso a integra dos autos, mas desde já refuta todas as acusações e está certa de sua inocência.

“Por fim reafirma que sempre esteve à disposição para colaborar com a justiça e atuará para restabelecer a verdade, sendo essencial agora o respeito a presunção de inocência e ao devido processo legal.”

Eis o que disse a defesa de Keny Gomes:

“O escritório Getúlio Souza Advogados vem a público informar que, em relação à denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba, no âmbito da Operação Território Livre, que apura supostas condutas ilícitas nas eleições de 2024, em desfavor do Sr. Keny Rogeus Gomes da Silva, ainda não foi formalmente intimado.

“A notícia da denúncia é recebida com serenidade, por se tratar de consequência natural do curso processual. Após a devida intimação e o acesso integral ao conteúdo da denúncia e seus anexos, a defesa apresentará defesa de forma ampla e abrangente, como assegura a legislação pertinente, reafirmando a plena confiança na Justiça e no devido processo legal.”

Por: Poder360

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