A presidente do México, Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), se tornou a 1ª mulher na história do país a dar o tradicional Grito de Independência nesta 2ª feira (16.set.2025). O ato remonta o chamado às armas de um sacerdote contra o domínio espanhol, no processo de libertação do país.
Do Palácio Nacional, na Cidade do México, Sheinbaum discursou sobre a importância das mulheres mexicanas e a soberania de seu país. Segundo o governo, o público que acompanhou a cerimônia chegou à 280.000 pessoas.
O brado, conhecido como Grito de Dolores, refere-se à histórica proclamação pública de um padre, em 1810, convocando colonos para lutar contra a dominação da metrópole, que culminaria na Guerra de Independência do país.
Usando uma faixa presidencial feita por militares femininas, a presidente recebeu a bandeira do país por uma guarda de honra composta unicamente por mulheres.
Tradicionalmente, o presidente do México lidera a celebração, tocando o mesmo sino utilizado pelo sacerdote séculos atrás. Sheinbaum iniciou seu discurso convocando mexicanos e depois citou nomes de heróis que combateram contra o domínio espanhol, dando ênfase às rebeldes mulheres pouco citadas.
Sheinbaum gritou: “Viva as heroínas anônimas! Viva as heroínas e os heróis que nos deram nossa pátria! Viva as mulheres indígenas! Viva nossas irmãs e nossos irmãos migrantes!”.
O ato simbólico se dá em meio ao aumento das pressões norte-americanas sobre o país vizinho, com imposição de tarifas e a intensificação da ação do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), contra cartéis de drogas.
Em seu 1º ano de mandato, Sheinbaum mantém altos índices de aprovação popular. Segundo pesquisa da AtlasIntel, a presidente do México possuía, em agosto de 2025, 63% de aprovação, a mais alta entre os líderes da América Latina. A pesquisa foi realizada entre 20 e 25 de agosto, com 3,672 mexicanos, e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.