• Sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Orbán sobre Ucrânia: “Não queremos compartilhar o destino deles”

Primeiro-ministro húngaro,Vikor Orbán, volta a se opor à adesão da Ucrânia à União Europeia, alimentando o clima hostil entre as diplomacias

O primeiro-ministro da Hungria, , voltou a criticar a possível adesão da Ucrânia à União Europeia. Durante entrevista nesta sexta-feira (3/10), ele afirmou que o ingresso de Kiev arrastaria o bloco para uma guerra direta com a Rússia. “A Ucrânia é um país com um destino muito difícil. Por que deveríamos compartilhar esse destino? Temos o nosso próprio, que é muito mais fácil do que o dos ucranianos. Não queremos morrer pela Ucrânia”, declarou. Segundo Orbán, a entrada da Ucrânia no bloco obrigaria a Hungria a assumir encargos da guerra, incluindo eventual envio de tropas em caso de escalada militar. Ele também rejeitou a estratégia da União Europeia de oferecer ajuda militar e financeira de longo prazo a Kiev, chamando-a de “ilusão” baseada em falsas expectativas sobre o colapso da economia russa. A posição do premiê húngaro ocorre enquanto o Conselho Europeu tenta avançar nas negociações de adesão de Ucrânia e Moldávia, iniciadas em 2024. Atualmente, ainda não conseguiu abrir nenhum dos seis grupos de negociação necessários para alinhar sua legislação à do bloco. Leia também Clima hostil entre Hungria e Ucrânia As declarações de Orbán se somam a uma série de atritos recentes entre Budapeste e Kiev. No início desta semana, o premiê afirmou que a Ucrânia , em resposta a acusações de que drones húngaros teriam violado o espaço aéreo ucraniano. O ministro das Relações Exteriores de Kiev, Andrii Sybiha, rebateu, dizendo que Orbán está “intoxicado pela propaganda russa”. Na última sexta-feira (26/9), o líder húngaro também confirmou que continuará comprando petróleo e gás natural da Rússia, mesmo após apelos do presidente norte-americano Donald Trump para interromper as importações. Segundo Orbán, uma ruptura imediata no fornecimento provocaria um “desastre econômico”, com queda de 4% no desempenho da economia em minutos, Com esse posicionamento, a Hungria permanece como um dos poucos países da União Europeia a manter abertamente a dependência energética de Moscou, enquanto outros membros do bloco tentam reduzir a receita russa usada no financiamento da guerra contra a Ucrânia. 4 imagens Viktor Orbán, primeiro ministro da HungriaZelensky diz ter drones com alcance de 3 mil km para reagir à Rússia"Não há cessar fogo porque a Rússia se recusa", diz Zelensky na ONU
Fechar modal. 1 de 4 Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images 2 de 4 Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria Alan Santos/Presidência da República 3 de 4 Zelensky diz ter drones com alcance de 3 mil km para reagir à Rússia Selcuk Acar /Anadolu via Getty Images 4 de 4 "Não há cessar fogo porque a Rússia se recusa", diz Zelensky na ONU Reprodução/ONU
Por: Metrópoles

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