O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu nesta 3ª feira (29.jul.2025) com representantes de big techs como Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia. Classificou como “bastante proveitosa”.
As empresas pedem por segurança jurídica, inovação tecnológica, ambiente regulatório e oportunidade econômica. Segundo Alckmin, outros integrantes do governo também participaram do encontro, bem como um representante da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos. Não especificou os nomes.
“Foi uma reunião bastante proveitosa. Tiramos até uma mesa de trabalho para discutir em seguida uma série de questões voltadas à questão das big techs”, declarou o vice-presidente.
Quanto à questão da taxação de 50% imposta pelos EUA (Estados Unidos) aos produtos brasileiros, Alckmin declarou que o governo está empenhado em evitar a tarifa “totalmente injustificável”.
“Não tem justificativa você ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande comprador de você. Você tem uma balança comercial superavitária e continua, de janeiro a junho, a nossa exportação para os Estados Unidos cresceu 4,8%. A dos Estados Unidos, para nós, cresceu quase 12%, 11,7%”, disse.
Alckmin disse ainda que um plano de contingência para o tarifaço caso seja consumado em 1º de agosto.
Donald Trump publicou em 9 de julho uma carta a Lula anunciando a tarifa. O republicano justificou o aumento pelo tratamento que o governo brasileiro deu ao ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL), a quem disse respeitar “profundamente”.
“A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional”, disse.
O norte-americano declarou que o governo dos EUA concluiu que precisa se afastar da “relação de longa data e muito injusta” provocada pela política tarifária de barreiras comerciais do Brasil.
Segundo o republicano, as taxas dos EUA estão longe de ser recíprocas com o país da América do Sul. Ele afirmou que é preciso corrigir as “graves injustiças do regime atual”.
“Por favor, entenda que o número de 50% é muito menor do que o necessário para termos a igualdade de condições que precisamos com o seu país”, declarou.
Trump disse ainda que, se Lula aumentar as tarifas em retaliação, haverá um acréscimo de igual proporção aos 50% anunciados.
Outros países além do Brasil também serão afetados com as taxas dos EUA a partir de 1º de agosto como, por exemplo, nações da União Europeia, Japão, Indonésia e México. Cada país, porém, terá um percentual diferente.