O presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), deputado Pedro Lupion (PP-PR) disse, por meio de seu perfil no X, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), precisou aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para que se entendesse a urgência de votar a anistia –aos envolvidos nos atentados de 8 de janeiro– no Congresso Nacional.
“Precisou vir o presidente americano com uma medida super dura e muito forte em relação ao ministro Alexandre de Moraes porque o Congresso brasileiro não deu conta de fazer. Talvez por medo, talvez por falta de espírito de corpo, talvez por diferenças institucionais”, afirmou em vídeo compartilhado no perfil.
Ele afirma não ser mais possível “aceitar” a ingerência do STF sobre as decisões do Congresso Nacional. Segundo Lupion, quando a Corte age para derrubar uma decisão do Poder Legislativo, passa por cima da vontade do povo brasileiro.
“O Congresso precisa marcar o seu papel. Nós fomos eleitos para representar a população e não dá para ficar aceitando a ingerência do Supremo Tribunal Federal no nosso dia a dia. A suspensão de leis votadas no Congresso Nacional, esquecendo mais de 400 votos, no caso o IOF”, afirmou.
Lupion disse que tem conversado com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PE) e com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), para que pautem a anistia no retorno do Congresso.
Segundo Lupion, o posicionamento dos presidentes abre precedente para que ações como a de Trump sejam tomadas.
“Falta aos nossos presidentes se posicionarem claramente em relação a isso. Tenho falado com o presidente Hugo e tenho falado com o presidente Davi para que a gente consiga pautar de uma vez a anistia, mostrar os votos que temos e desfazer essa injustiça”, declarou.
Em relação à anistia, o líder da bancada agrícola afirma que não “passa pano” para vândalos, mas que existem injustiças que precisam ser corrigidas.
“Não estou passando pano para bandido ou vândalo nenhum. Quem fez errado tem que pagar. Mas existem exemplos muito claros de penas completamente desproporcionais.”