Plantas tóxicas para cavalos em pastagens representam um risco silencioso
Julho marcado pelo tarifaço de Trump ao Brasil no mercado de café
O café foi acertado em cheio pela medida, já que o Brasil é o principal fornecedor do grão para os Estados Unidos.
O café foi acertado em cheio pela medida, já que o Brasil é o principal fornecedor do grão para os Estados Unidos. O mês de julho no mercado internacional do café será para sempre lembrado como o mês do anúncio do tarifaço de Donald Trump de 50% para as importações realizadas pelos Estados Unidos oriundas do Brasil. O café foi acertado em cheio pela medida, já que o Brasil é o principal fornecedor do grão para os Estados Unidos (quase um terço do que o país importa), e os EUA são o maior destino individual do café brasileiro (entre 15% e 20% do que o país exporta). Inicialmente prevista para valer a partir de 01 de agosto, na quarta-feira, dia 30 de julho, a Casa Branca publicou uma ordem que oficializou a tarifa de 50% aos produtos brasileiros, passando a entrar em vigor em 06 de agosto, com um anexo de exceções à regra. Mas o café não foi incluso nos produtos isentos desta tarifação de 50%, o que surpreendeu o mercado. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Plantas tóxicas para cavalos em pastagens representam um risco silencioso Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, foi surpreendente o café não estar na lista de tantas isenções, já que os Estados Unidos não produzem café e o grão é extremamente importante para a indústria americana. “Envolve um volume muito grande de compras e impactos, que são maiores para a indústria americana”, destacou. Lembra que os EUA representam 16% das exportações de café do Brasil, e o café brasileiro representa 30% das compras dos EUA. “Tem um impacto grande e desproporcional”, avalia. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A visão inicial foi altista para os preços no mercado internacional, especialmente na Bolsa de Nova York para o arábica, que é o tipo de café que os EUA mais importam do Brasil. Houve forte volatilidade. O sentimento foi de que se interrompe o fluxo do grão e que os compradores americanos terão de correr para buscar o café em outras origens. Porém, no longo prazo, a visão é diferente. Há o pensamento que isso pode prejudicar o consumo americano, sendo os EUA os maiores consumidores globais de café, demandando cerca de 25 milhões de sacas ao ano. O café robusta em Londres teve um mês mais negativo para as cotações, porque há uma maior tranquilidade na oferta deste café. O Brasil está avançando no final da colheita de uma grande safra de conilon/robusta, a Indonésia entrou com boa safra de robusta, e o Vietnã se encaminha para colher no final do ano também uma ampla produção. As questões envolvendo o tarifaço não terminaram, muito pelo contrário. Os agentes esperam cenas do próximo capítulo. Os otimistas acreditam que o café pode entrar logo na lista de exceções, com forte trabalho dos setores no Brasil, com destaque para o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), e nos Estados Unidos, destaque para a NCA (National Coffee Association), além das autoridades brasileiras, para negociar essa inclusão, sendo que os EUA não produzem nada de café. Assim, o mercado espera os desdobramentos. Existe esperança que isso possa ocorrer até a entrada em vigor da tarifa, em 06 de agosto. Caso não haja essa inclusão, haverá um período de ajustes no mercado, com garantia de muita volatilidade. “Deve ocorrer um redirecionamento no fluxo global de café, com os EUA buscando cafés em outras origens, como Colômbia, Centrais, África e Ásia. Já o Brasil deve ampliar participação em destinos como Europa e Ásia. Isso afeta os fluxos logísticos e exige ajustes na composição dos blends. Ainda assim, é pouco provável que os EUA consigam substituir totalmente entre 7 e 8 milhões de sacas importadas do Brasil por uma única origem”, aponta Barabach. No balanço de julho, na Bolsa de NY, o contrato setembro do café arábica acumulou baixa de 1,4%, recuando de 300,10 centavos de dólar por libra-peso no último dia de junho para 295,80 centavos de dólar por libra-peso ao final de julho. O robusta em Londres acumulou perda de 6,1% no contrato setembro.
No mercado físico brasileiro de café, o tarifaço trouxe mais cautela e apreensão, em meio à evolução da colheita da safra brasileira, que transcorre bem, se encaminhando para o final. As cotações caíram no balanço mensal em linha com as bolsas e colheita no Brasil. Mas a alta do dólar (+3,1% no acumulado em julho no comercial), ofereceu algum suporte às cotações internas. O café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais fechou julho a R$ 1.810,00 a saca na base de compra, com baixa de 2,2% no comparativo com o fim de junho. Já o conilon, tipo 7, em Vitória/Espírito Santo, acumulou em julho queda de 7,3%, fechando o mês em R$ 1.015,00 a saca. Fonte: Safras News VEJA TAMBÉM:
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Por: Redação