• Quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Jimmy Kimmel: sindicatos de Hollywood criticam suspensão

“ABC” tirou o programa do ar após comentários de Kimmel sobre a morte de Charlie Kirk; Trump comemorou a decisão.

Sindicatos e organizações de Hollywood se manifestaram na 4ª feira (17.set.2025) contra a suspensão do programa “Jimmy Kimmel Live pela ABC. A decisão da emissora ocorreu após pressões de afiliadas e do governo de Donald Trump (Partido Republicano), desencadeadas por comentários do apresentador sobre o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk.

A emissora ABC, que pertence à Disney, tomou a decisão após Kimmel sugerir em seu monólogo que aliados de Kirk estavam usando o assassinato para obter vantagens políticas.

O apresentador, crítico frequente de Trump, comparou o luto do presidente pela morte de Kirk ao de “uma criança de 4 anos lamentando a morte de um peixinho“.

Assista, em inglês (a partir de 2min2s):

A suspensão do programa foi determinada depois que Brendan Carr, presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicações), declarou que os comentários de Kimmel poderiam configurar violação dos padrões de radiodifusão.

Além disso, a Nexstar Media Group, proprietária de 32 afiliadas da ABC, anunciou que substituiria a atração em suas transmissões.

Trump comemorou a suspensão por tempo indeterminado do programa de Kimmel. Em mensagem divulgada na plataforma Truth Social, o presidente ainda sugeriu que a NBC fizesse o mesmo em relação a Jimmy Fallon e Seth Meyers.

No texto, Trump citou Stephen Colbert, apresentador que teve seu programa, o “The Late Show with Stephen Colbert”, cancelado pela emissora CBS.

Kirk, 31 anos, morreu depois de ser atingido por um tiro no pescoço, enquanto discursava em um evento ao ar livre na Universidade Utah Valley. O FBI prendeu Tyler Robinson, que confessou ser o autor do homicídio. Robinson se entregou com a intermediação de familiares e amigos.

De acordo com a Reuters, sindicatos que representam escritores e atores condenaram a decisão da ABC.

Em declaração conjunta, o WGA West (Sindicato dos Roteiristas dos EUA – Oeste) e o WGA East (Sindicato dos Roteiristas dos EUA – Leste) afirmaram: “Aquilo com que nós concordamos –por mais doloroso que seja às vezes– é com a liberdade de discordar. Vergonha daqueles no governo que esquecem esta verdade fundamental. Quanto aos nossos empregadores, nossas palavras os tornaram ricos. Silenciar-nos empobrece o mundo inteiro“.

O SAG-AFTRA (Sindicato dos Atores de Cinema – Federação Norte-Americana de Artistas de Televisão e Rádio), sindicato que representa atores, também criticou a suspensão do programa, declarando que “a decisão de suspender a transmissão de ‘Jimmy Kimmel Live!’ é o tipo de supressão e retaliação que coloca em perigo as liberdades de todos“.

A AFM (Federação Americana de Músicos) foi mais direta: “A FCC de Trump identificou um discurso de que não gostou e ameaçou a ABC com represálias extremas. Isso é censura estatal“.

Por: Poder360

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