O governo federal anunciou nesta 2ª feira (30.jun.2025) o novo Plano Safra da Agricultura Familiar com R$ 78,2 bilhões em crédito para o ciclo 2025/2026. Os juros nas linhas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) estão entre 0,5% e 8%.
O valor a ser financiado para a agricultura familiar é 3% maior do que anunciado no Plano Safra 2024/2025, de R$ 76 bilhões.
Além dos recursos do Pronaf, há também os recursos para os programas:
Garantia-Safra: R$ 1,1 bilhão
Proagro Mais: R$ 5,7 bilhões
Compras Públicas: R$ 3,7 bilhões
Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural): R$ 240 milhões
PGPM-BIO (Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade): R$ 42,2 milhões
Eis os juros anunciados para as seguintes linhas:
Eis a íntegra das taxas detalhadas de cada programa (PDF — 66 Kb).
Desde que assumiu o 3º mandato, o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dividiu o anúncio das modalidades familiar e empresarial em cerimônias diferentes, como estratégia para se comunicar com nichos distintos do setor.
O anúncio da modalidade familiar foi feito em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. O restante do plano, com o pacote para agricultura empresarial, será lançado na 3ª feira (01.jul) às 11h.
A agricultura familiar é praticada por pequenos produtores rurais que utilizam majoritariamente mão de obra da própria família, enquanto a agricultura empresarial envolve grandes propriedades, uso intensivo de tecnologia e trabalho assalariado.
A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) da Câmara dos Deputados apresentou em abril de 2025 uma proposta de Plano Safra para o ciclo de 2025–2026 com valor de R$ 599 bilhões, um aumento de 25,7% em relação aos R$ 476,6 bilhões anunciados pelo governo federal para 2024–2025.
A FPA também pediu um aumento do Programa de Seguro Rural de R$ 1 bilhão (2024–2025) para R$ 6 bilhões (2025–2026), a fim de que a subvenção atinja 1% do valor do Plano Safra.
“A inflação de alimentos é uma ameaça real para a estabilidade econômica do país. Medidas como crédito acessível e contínuo, seguro rural robusto e desburocratizado são a chave para a resolução do problema estrutural”, justificam na proposta.