• Segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Filhos são presos suspeitos de mandar matar pai fazendeiro para ficar com herança de R$ 1 bilhão

Crime brutal chocou Goiás: Jefferson Cury, de 83 anos, foi executado em sua fazenda; herança estimada em R$ 1 bilhão seria transferida para holding que excluía os filhos da sucessão

Crime brutal chocou Goiás: Jefferson Cury, de 83 anos, foi executado em sua fazenda; herança estimada em R$ 1 bilhão seria transferida para holding que excluía os filhos da sucessão A Polícia Civil de Goiás prendeu os dois filhos do fazendeiro e empresário Jefferson Cury, de 83 anos, sob suspeita de terem planejado e mandado matar o próprio pai. O crime ocorreu na noite de 28 de novembro de 2023, em Quirinópolis (GO), e teria sido motivado por interesses financeiros relacionados a uma herança estimada em R$ 1 bilhão. As informações foram confirmadas pelo delegado Adelson Candeo e fazem parte da Operação Testamento, que já prendeu seis pessoas. O assassinato ocorreu um dia antes de Cury assinar um novo testamento, que transferiria oficialmente seus bens para uma holding — da qual os filhos, Fernando Alves Cury e Eduardo Alves Cury, não fariam parte.
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    Plano de matar pai fazendeiro começou com tentativa de interdição judicial Segundo a investigação, 60 dias antes do assassinato, os filhos entraram com um pedido de interdição judicial contra o pai, alegando incapacidade de gestão. A liminar foi negada. Após o fracasso, eles teriam dado sequência ao plano de homicídio. O delegado revelou ainda que, em uma reunião com o pai, os filhos chegaram a ameaçar o advogado da vítima, alertando que “algo muito ruim iria acontecer” caso não fossem tomadas providências. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Além dos filhos, foram presos um corretor de imóveis e três funcionários da fazenda — um casal de caseiros e o filho deles, afilhado da vítima. A polícia ainda busca identificar o executor dos disparos, um pistoleiro que continua foragido. Crime ocorreu na fazenda e teve requintes de frieza Cury foi morto com um tiro no rosto por volta das 22h20, em uma de suas propriedades rurais, às margens da GO-206. O advogado que o acompanhava foi baleado na cabeça, mas sobreviveu com sequelas. Um dos suspeitos teria dito logo após os disparos: “Agora a dívida está paga”, em referência a um débito de R$ 1,7 milhão que o filho do caseiro tinha com o fazendeiro. Logo após o crime, enquanto a Polícia Militar ainda registrava a ocorrência, um dos filhos já estava assinando documentos do inventário, evidenciando a pressa dos suspeitos em garantir acesso ao patrimônio do pai. Nenhum dos filhos compareceu ao velório. Jefferson Cury fazendeiro
    Jefferson Cury, em Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Militar
    Interesse bilionário e a participação de cúmplices A herança disputada por Fernando e Eduardo já havia sido parcialmente dividida em 2016, com a morte da mãe dos acusados, quando cada filho recebeu cerca de R$ 169 milhões. Ainda assim, os dois teriam arquitetado o assassinato por desejarem o restante da fortuna. O corretor de imóveis preso na operação teria interesse direto na venda das terras e lucros projetados de até R$ 50 milhões. Segundo a polícia, ele já havia faturado R$ 12 milhões em outra negociação semelhante. Armas de fogo do mesmo calibre usado no crime foram encontradas na casa de Fernando Cury, um dos filhos presos. Operação Testamento e próximos passos A Operação Testamento cumpriu 14 mandados de prisão e busca nos estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Até o momento, seis pessoas foram detidas, e o inquérito deve ser concluído em até 30 dias. A Polícia Civil trabalha com quebra de sigilo bancário e telefônico para aprofundar a apuração e identificar o autor dos disparos. O caso, pela frieza e o grau de planejamento, foi comparado pelo delegado a crimes emblemáticos como o de Suzane von Richthofen, embora com características mais “intelectualizadas”. “Jefferson Cury era um homem simples, que valorizava o trabalho e o dinheiro. Bebia cerveja barata, levava uma vida humilde, apesar do patrimônio bilionário. Infelizmente, foi vítima da ganância de seus próprios filhos” — concluiu o delegado Adelson Candeo.
    Por: Redação

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