O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu que o PCC (Primeiro Comando da Capital) seja classificado como grupo “terrorista”. Segundo ele, a medida é necessária para endurecer as punições e reduzir a influência das facções criminosas no Estado.
Em evento em Mirandópolis (SP) no sábado (1º.nov.2025), Tarcísio citou os ataques de maio de 2006, quando o PCC promoveu uma série de ações contra forças de segurança pública que resultaram na morte de 154 pessoas, entre policiais, guardas civis e bombeiros.
“Um grupo que coloca barricadas na entrada de comunidades, que impõe o terror, que queima ônibus, que quer impor regras ao Estado ou dominar um território afastando a política pública do cidadão, precisa ser classificado como terrorista”, disse.
Tarcísio afirmou que o enquadramento do grupo como “terrorista” facilitaria o endurecimento jurídico das penas, restringindo benefícios como progressão de regime, indulto e saídas temporárias. Para o governador, o Brasil precisa “aumentar o custo do crime”.
“A população não aguenta mais ser escravizada pelo crime organizado”, disse.
O governador paulista vem defendendo o endurecimento da legislação penal e o uso mais rigoroso das forças de segurança estaduais desde o início do mandato.
A discussão ganhou tração depois da megaoperação policial contra o CV (Comando Vermelho) nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, em 28 de outubro. A ação deixou 121 mortos (117 suspeitos e 4 policiais), sendo considerada a mais letal da história brasileira.
Na 5ª feira (30.out), Tarcísio elogiou a operação do governo de Cláudio Castro (PL) 0 e afirmou em publicação em suas redes sociais que o crime organizado é o principal risco para o Brasil.
                    




