INPC
Em relação aos demais índices de inflação, a SPE também revisou as estimativas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias, se manteve com variação de 4,7%, mesma projeção do boletim anterior. A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, caiu de 4,6% para 2,6% este ano. Por refletir os preços no atacado, o IGP-DI é mais suscetível às variações do dólar.PIB
Em relação à estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano, também houve uma revisão para baixo de 2,5% para 2,3%. O boletim explica que a revisão está relacionada ao resultado abaixo do esperado observado para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) do segundo trimestre comparativamente ao projetado em julho, repercutindo canais potentes de transmissão da política monetária ao crédito e atividade.A atividade econômica, ainda segundo o boletim, desacelerou de maneira acentuada no segundo trimestre. Na margem, o ritmo de crescimento passou de 1,3% no primeiro trimestre para 0,4% no segundo, repercutindo a queda na produção da indústria de transformação e construção e a redução nos serviços prestados pela administração pública. Pela ótica da demanda, houve desaceleração no consumo das famílias e recuo no consumo do governo e no investimento. Com isso, a projeção de crescimento para o PIB da indústria foi revisada de 2% para 1,4% e seguiu em 2,1% para o PIB de serviços. Já para o PIB agropecuário, a projeção passou de 7,8% para 8,3%, refletindo maior produção esperada de milho e algodão e abate de bovinos este ano e já considerando os impactos das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras e a mitigação desses impactos com o Plano Brasil Soberano. Relacionadas“Esse quadro de desaquecimento da atividade econômica está associado à política monetária restritiva, levando à desaceleração do crédito. Com a taxa de juros básica em 15% ao ano, já se observou redução na expansão interanual das concessões reais de crédito de cerca de 10,5% no trimestre encerrado em dezembro de 2024 para 2,4% no trimestre encerrado em julho”, aponta o boletim.

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