O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região decidiu entrar com ação judicial contra o Itaú após a demissão de aproximadamente 1.000 funcionários na 2ª feira (9.set.2025).
A organização sindical afirma que o Itaú violou a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria bancária e a legislação brasileira, que estabelecem a obrigatoriedade de diálogo antecipado com representantes dos trabalhadores em casos de desligamentos coletivos.
Os funcionários afetados trabalhavam principalmente em regime de teletrabalho. A instituição financeira afirma que os desligamentos foram motivados por “uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. O sindicato contesta os métodos utilizados para avaliar o desempenho dos trabalhadores.
Os cortes afetaram funcionários de unidades do Itaú localizadas na região de São Paulo e Osasco, área de representação do Sindicato que move a ação. A organização realizou uma plenária com os trabalhadores demitidos nesta 5ª feira (11.set.2025) para discutir a situação.
O sindicato considera as demissões injustificadas diante do desempenho financeiro do banco, que registrou lucro de R$ 22,6 bilhões no último semestre de 2025.
Eis a íntegra da nota do sindicato
“Ouvimos os trabalhadores demitidos na plenária realizada nesta quinta-feira (11). O Itaú descumpriu regras básicas de proteção ao emprego e desconsiderou a mesa de negociação coletiva. Um banco que lucra bilhões não pode tratar os trabalhadores como números descartáveis. Vamos acionar a Justiça para reverter esse ataque e responsabilizar o Itaú por esse desrespeito à lei e à categoria”, afirma Neiva Ribeiro, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.