Produtor fiscalizado e boi rastreado, o futuro e os excessos da fiscalização ambiental
Faesp pede ao governador de São Paulo revisão da venda de fazenda dedicada à pesquisa do café
Federação destaca importância da preservação de banco genético de café e alerta para impactos na sustentabilidade da pesquisa agrícola.
Federação destaca importância da preservação de banco genético de café e alerta para impactos na sustentabilidade da pesquisa agrícola. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), por meio de seu presidente, Tirso de Salles Meirelles, enviou um ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressando preocupações em relação à possível venda de parte da área da Fazenda Santa Elisa, pertencente ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A possível venda da área faz parte de estudos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento para avaliar a viabilidade de áreas pertencentes à pasta.
A propriedade abriga um dos mais importantes bancos de germoplasma de café do Brasil e do mundo. Trata-se de uma área que reúne todo o conjunto de material genético que compõe a base da herança genética do café no país, o que, segundo o documento enviado ao governador, é fundamental para a continuidade das pesquisas e desenvolvimento de novas variedades da cultura. A Fazenda Santa Elisa tem papel central diante da importância histórica do café no fortalecimento da economia nacional, uma vez que “90% das cultivares de café produzidas no Brasil são resultado de pesquisas realizadas nesta unidade do IAC”, conforme consta no ofício.
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Produtor fiscalizado e boi rastreado, o futuro e os excessos da fiscalização ambiental “Vale destacar que o café da Colômbia, que é uma referência no mercado internacional, é fruto das pesquisas do IAC. O Instituto faz um trabalho grandioso, que precisa ser preservado. Temos expectativa de que o governador reveja essa proposta”, afirmou Meirelles.
A venda da área, caso seja concretizada, representa ameaça direta ao patrimônio genético armazenado e às pesquisas em curso, com impacto na sustentabilidade e competitividade da cafeicultura brasileira. Além disso, a Faesp avalia que a eventual transferência das pesquisas para outra localidade seria um processo dispendioso e demorado, comprometendo os avanços científicos em desenvolvimento. A entidade defende que decisões sobre a venda de bens públicos considerem não apenas os aspectos financeiros, mas também os impactos sociais, econômicos e ambientais a longo prazo. Por fim, o ofício solicita ao governador que reconsidere a possibilidade da venda da área e que preserve a unidade de pesquisa do IAC, essencial para o desenvolvimento e a sustentabilidade da cafeicultura e da agropecuária brasileira.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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