Três parasitas que causam prejuízos bilionários à pecuária brasileiraNo Texas, criadores e autoridades alertam que o país não está preparado para lidar com um surto. “Se esperarmos, perderemos”, afirmou Stephen Diebel, vice-presidente da Associação de Criadores de Gado do Texas e do Sudoeste, durante audiência legislativa em Austin. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A infestação ocorre quando a mosca fêmea deposita de 10 a 400 ovos em feridas abertas de animais. As larvas eclodem em poucas horas, penetram na carne viva e se alimentam dela, agravando a lesão e atraindo mais moscas. Sem tratamento, uma vaca pode morrer em até duas semanas.
O parasita também pode atingir animais silvestres, domésticos e, raramente, humanos. Antes da erradicação nos EUA, na década de 1960, a praga causava prejuízos anuais estimados em US$ 20 milhões para a pecuária. Por décadas, um esforço conjunto entre EUA e Panamá manteve a bicheira afastada. Mas agora a situação mudou:
Para conter a praga, o governo americano suspendeu repetidamente a importação de gado vivo, cavalos e bisões do México — principal fornecedor de animais para engorda nos EUA. Essa medida já foi adotada três vezes nos últimos oito meses. O impacto é imediato: a exportação de gado mexicano, que gerou US$ 1,2 bilhão no último ano, despencou para menos da metade em 2025. No México, pequenos produtores como Martín Ibarra Vargas perderam seu principal mercado e tiveram que recorrer à apicultura, ovinocultura e produção de leite para sobreviver. Com a paralisação das compras do México, os EUA ficam ainda mais dependentes da carne importada — e aí surge outro problema. O presidente Donald Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira a partir de agosto, medida que afeta diretamente o maior exportador mundial do produto. Essa decisão deve encarecer a carne importada e reduzir a oferta disponível no mercado americano. O resultado é um cenário de pressão dupla sobre os preços: menor oferta de animais para abate e custo mais alto da carne importada. Em maio, a carne moída já atingiu recorde histórico de US$ 5,98 por libra, e analistas alertam que esse valor pode subir ainda mais nos próximos meses. A secretária de Agricultura, Brooke Rollins, anunciou:
O senador John Cornyn propôs US$ 300 milhões para construir uma nova planta nos EUA, mas o projeto aguarda decisão no Congresso. Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias.