Gigante investe R$ 2 bilhões para construir a maior usina de etanol de milho do Sul
Grupo Potencial consolida projeto para maior usina de etanol de milho do Sul do Brasil, reforçando protagonismo nacional em biocombustíveis
Grupo Potencial consolida projeto para maior usina de etanol de milho do Sul do Brasil, reforçando protagonismo nacional em biocombustíveis O Grupo Potencial anunciou um investimento histórico de R$ 2 bilhões para construir uma biorrefinaria de etanol de milho na cidade da Lapa (PR), na Região Metropolitana de Curitiba. Com previsão de início das obras em 2026 e operação a partir de 2028, a unidade terá capacidade para produzir 450 milhões de litros de etanol por ano, o que a colocará como a décima maior usina de etanol de milho do Brasil, a maior do Sul do País e a maior fora do Centro-Oeste. O projeto amplia o já robusto complexo industrial da empresa na região, que conta com uma fábrica de biodiesel em operação e uma esmagadora de soja em fase final de construção. Somados, os investimentos na Lapa chegam a aproximadamente R$ 6 bilhões desde 2012. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Complexo de biocombustíveis de escala mundial O vice-presidente do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt, afirmou que o objetivo é transformar o parque industrial da Lapa no maior complexo de biocombustíveis do mundo. A estratégia inclui não apenas a produção de etanol de milho, mas também a expansão da capacidade de biodiesel e, futuramente, a construção de uma planta para combustível sustentável de aviação (SAF). Com capacidade para processar 3 mil toneladas de milho por dia, a nova planta aproveitará a forte produção agrícola do Paraná — segundo maior produtor de milho do Brasil, com colheita recorde estimada em 20 milhões de toneladas na safra 2024/25. Estima-se que a usina consumirá cerca de 1,2 milhão de toneladas de milho por ano, o equivalente a 6% da produção estadual. Além do etanol, o processamento do milho gerará subprodutos como farelo (DDG), usado na alimentação animal, e óleo, matéria-prima para o biodiesel. Esse modelo integrado fortalece a cadeia de produção de carnes no país, ao fornecer insumos essenciais para a nutrição animal. Empregos e desenvolvimento regional O projeto deve mobilizar cerca de 1.500 trabalhadores durante a construção e gerar mais de 300 empregos diretos quando em operação, além de centenas de oportunidades indiretas.
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Grupo Potencial vai investir R$ 2 bilhões em biorrefinaria de etanol de milho na Lapa. Foto: Jonathan Campos/AEN Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a iniciativa representa um marco para a industrialização sustentável do Estado:
“O Paraná vem se consolidando como um dos maiores produtores de biocombustíveis do Brasil. Essa planta vai gerar empregos, agregar valor à nossa produção agrícola e reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade”, afirmou. Infraestrutura e logística O plano de investimentos do Grupo Potencial inclui a construção de dois dutos, um para etanol e outro para biodiesel, ligando Araucária (PR) ao complexo da Lapa, com aporte estimado em R$ 200 milhões. A obra permitirá abastecer diretamente bases distribuidoras e reduzir o transporte rodoviário. Para atender à nova planta, a Compagas investirá mais de R$ 100 milhões na construção de um gasoduto entre Araucária e Lapa, garantindo fornecimento de energia limpa e confiável para a operação. Cenário do etanol de milho no Brasil O setor vive um momento de forte expansão. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única), a produção nacional de etanol de milho cresceu 31% na safra 2024/25, alcançando 8,2 bilhões de litros. A expectativa da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) é atingir 10 bilhões de litros em 2025, com perspectivas de R$ 40 bilhões em novos investimentos na próxima década.
No Paraná, além da Potencial, a Coamo Agroindustrial Cooperativa também aposta no setor, com investimento de R$ 1,7 bilhão em uma usina com capacidade de mais de 250 milhões de litros por ano. Visão estratégica do Grupo Potencial Para Hammerschmidt, o etanol de milho é uma peça-chave na diversificação da renda do produtor rural e na integração entre bioenergia e produção de alimentos: “O milho foi uma acertada na mosca. Hoje, a safrinha se tornou uma safrona, oferecendo matéria-prima abundante para que o etanol de milho seja viável. Os biocombustíveis no Brasil deram condições para o mercado de carnes crescer.” O Grupo Potencial, fundado na década de 1950 a partir de uma pequena rede de postos, transforma-se agora em um player global de energia renovável, reafirmando seu papel de protagonista na transição energética brasileira.
Por: Redação