• Quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Governo estuda aumentar mistura de frutas em bebidas, diz Fávaro

Ministro da Agricultura e Pecuária afirma que a medida seria uma tentativa de “recategorizar” os produtos exportados aos EUA.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), disse nesta 4ª feira (6.ago.2025) que o ministério estuda o aumento da mistura de frutas e suco de frutas em bebidas industrializadas para auxiliar o governo federal no escoamento da produção brasileira que deixará de ser enviada aos Estados Unidos por causa do tarifaço.

“Podemos, e já estamos estudando tecnicamente, como regulamentar uma adição maior de fruta, de suco de fruta, por exemplo, nas próprias bebidas, nos próprios refrigerantes, nos próprios sucos envasados, recategorizar isso”, afirmou, depois da cerimônia de acordo de cooperação do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com o ministério. 

Segundo o ministro, essa é uma das medidas pensadas pelo governo federal para integrar o plano de contingenciamento e mitigação dos efeitos negativos da tarifa de 50% sobre os produtos do agronegócio brasileiro, neste caso, o setor de frutas.

Fávaro não detalhou os produtos que teriam aumento na mistura. De acordo com determinações do próprio Ministério da Agricultura e Pecuária, diferentes tipos de bebidas  precisam conter diferentes teores de mistura de suco, polpa ou extrato de frutas.

O ministro afirmou que o diálogo deverá ser capaz de incluir mais produtos agrícolas do Brasil na lista de isenção das tarifas. Ao oficializar a aplicação das tarifas, o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), deixou produtos como o suco de laranja e a celulose de fora do tarifaço.

Fávaro disse que o mesmo deverá acontecer com café, carne bovina, mel e pescados. “Eu acho que o diálogo vai prevalecer, nós vamos superar o desafio das carnes, nós vamos superar o desafio do café, do mel, do pescado e também dos demais produtos”, declarou.

Enquanto isso, o ministro disse, o governo “trabalhará para ampliar para 15, 20, 30 plantas frigoríficas habilitadas” para exportação de carne bovina e pescado, em especial para a Indonésia, China e América Central.

Por: Poder360

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