O presidente citou ainda que o Brasil registrou, no mesmo período, a menor proporção de domicílios com crianças menores de 5 anos em situação de insegurança alimentar grave desde 2024. “Estamos interrompendo o ciclo de exclusão”. “Um país soberano é um país capaz de alimentar o seu povo. A fome é inimiga da democracia e do pleno exercício da cidadania. É possível superá-la por meio de ação governamental, mas governos só podem agir se dispuserem de meios”, avaliou Lula. Para tanto, segundo o presidente, ampliar o financiamento ao desenvolvimento, reduzir os custos de empréstimos, aperfeiçoar sistemas tributários e aliviar as dívidas de países mais pobres figuram como medidas cruciais.“Trinta milhões de pessoas começaram a almoçar, jantar e tomar café. Em 2024, alcançamos a menor proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar grave da nossa história”, disse.
Em sua fala, Lula destacou que América Latina e Caribe vivem o paradoxo de serem celeiro do mundo enquanto convivem com a fome. Já a África, segundo ele, registra crescimento econômico e aumento preocupante dos níveis de insegurança alimentar. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp“Não basta produzir. É preciso distribuir. Poucas iniciativas contribuiriam tanto para a segurança alimentar quanto uma reforma da arquitetura financeira internacional, que direcionasse recursos para quem mais precisa.”
Encontro com o papa
Mais cedo, durante encontro com o papa Leão XIV, o presidente Lula parabenizou o pontífice por sua primeira exortação apostólica e a sua mensagem de preocupação com os mais pobres. “Parabenizei o santo padre pela Exortação Apostólica Dilexi Te e a sua mensagem de que não podemos separar a fé do amor pelos mais pobres. Disse a ele que precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade e considero o documento uma referência, que precisa ser lido e praticado por todos”, postou Lula, em suas redes sociais. Relacionadas
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