Cavalo precisa de sal todos os dias? Saiba a quantidade corretaO primeiro passo para um programa de Transferência de Embriões eficiente é a escolha de éguas doadoras de alta qualidade. Entre os fatores avaliados, destacam-se: window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});
Como as éguas receptoras moldam a nova geração de campeões dos haras milionários
Seleção criteriosa, manejo rigoroso e sanidade impecável fazem das éguas receptoras o pilar das maiores taxas de prenhez na Transferência de Embriões e impulsionam a evolução genética da equinocultura.
Seleção criteriosa, manejo rigoroso e sanidade impecável fazem das éguas receptoras o pilar das maiores taxas de prenhez na Transferência de Embriões e impulsionam a evolução genética da equinocultura. A Transferência de Embriões (TE) é hoje uma das biotécnicas mais estratégicas para o avanço genético da equinocultura no Brasil e no mundo. Criatórios de elite, responsáveis por alguns dos cavalos mais premiados da atualidade, só alcançam resultados expressivos porque dominam cada detalhe do processo — e nenhum deles é mais determinante do que a seleção e o manejo das éguas receptoras. Embora as doadoras concentrem o valor genético, é a receptora quem sustenta a gestação, garante o desenvolvimento embrionário e transforma o potencial em realidade. Por isso, sua escolha nunca pode ser aleatória. A seguir, o Compre Rural apresenta um conteúdo completo, técnico e contextualizado sobre os critérios essenciais para seleção de doadoras e receptoras, além dos cuidados que definem o sucesso das gestações em programas de TE. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Histórico reprodutivo completo, identificando fertilidade, facilidade de prenhez e partos anteriores. Idade adequada, geralmente éguas maduras, mas ainda com alta eficiência reprodutiva. Potencial genético sólido, incluindo valor zootécnico, linhagem, desempenho esportivo e relevância dentro do registro da raça. Conformação da vulva e condição uterina, fundamentais para evitar contaminações e garantir um ambiente adequado ao embrião. Quantidade de gestações pretendida, já que programas intensivos exigem doadoras altamente responsivas. Durante o cio, a doadora deve ser monitorada diariamente, acompanhando crescimento folicular e momento ideal de inseminação. Como se trata de um procedimento de custo elevado, recomendam-se apenas éguas de qualidade superior e com eficiência comprovada. Se a doadora entrega a genética, é a receptora quem determina se o futuro potro terá ou não chance real de nascer. Por isso, criatórios de ponta investem fortemente na seleção e no manejo dessas éguas, considerando que a receptora ideal responde por grande parte do sucesso das taxas de prenhez. Ausência total de problemas reprodutivos — critério mais importante. Histórico de crias anteriores, preferencialmente com gestações saudáveis e partos normais. Condição corporal equilibrada e boa saúde geral. Tamanho semelhante ao da doadora, para evitar desproporções no desenvolvimento fetal. Boa índole, comportamento dócil e fácil manejo — essencial para exames e procedimentos. Desenvolvimento mamário adequado e comprovada habilidade materna. Ciclos estrais normais e útero sem anormalidades. Idade entre 3 e 10 anos, fase mais segura para gestações. Cérvix firmemente fechada e útero tubular, condições que favorecem a manutenção da gestação. Presença de corpo lúteo acima de 30 mm, importante para estabilidade hormonal. As éguas agitadas, difíceis de manusear ou com histórico reprodutivo duvidoso não devem ser utilizadas. O ponto mais crítico no processo é garantir que o útero da receptora esteja compatível com a fase de desenvolvimento do embrião. Para isso, é necessário: Sincronizar a ovulação da doadora e da receptora, com diferença máxima de 1 dia. Monitorar os ovários com ultrassonografia diária durante o cio. Utilizar protocolos hormonais com prostaglandinas, progesterona e progestágenos, como Altrenogest, quando necessário. Sem sincronização hormonal adequada, o embrião simplesmente não encontra o ambiente ideal para se fixar e se desenvolver.
Um programa de TE profissional exige um protocolo sanitário rigoroso, incluindo: Vacinação completa antes do início da temporada. Vermifugação estratégica, evitando aplicações nos 90 primeiros dias de gestação. Controle de parasitas por meio de exames coproparasitológicos, manejo de pastagens e quarentena de novos animais. Instalações limpas, piquetes funcionais e ambiente de baixo estresse. A higiene e o controle de doenças impactam não apenas a prenhez, mas também a vitalidade do potro ao nascimento. A dieta das receptoras deve ser equilibrada e ajustada conforme a gestação avança: Forragem de altíssima qualidade como base. Suplementação com vitaminas, minerais e concentrados, principalmente no terço final. Acesso irrestrito a água limpa e sal mineral. Alimentação fracionada, evitando sobrecarga metabólica. Minerais como cálcio e fósforo são fundamentais para o desenvolvimento fetal saudável.
A receptora deve permanecer em ambiente seguro e bem manejado: Piquetes amplos e exclusivos, com convivência controlada. Exercícios leves diários para manter a saúde física. Evitar atividades extenuantes, especialmente após a transferência. Monitoramento diário de comportamento, apetite e sinais vitais. Bem-estar reduz estresse, um dos maiores inimigos da manutenção da gestação. Após a transferência, o acompanhamento veterinário deve ser contínuo: Ultrassonografias regulares para confirmar fixação, desenvolvimento embrionário e batimentos cardíacos. Reavaliações periódicas da condição corporal e da saúde geral. Ajustes dietéticos e sanitários ao longo dos meses. O protocolo ideal prevê confirmação da gestação aos 90 dias, etapa decisiva para o sucesso final.
A experiência dos maiores haras do país confirma: não existe embrião bom sem receptora excelente. Programas de Transferência de Embriões de alto desempenho dependem diretamente da qualidade, sanidade, temperamento e manejo dessas éguas. Quando todos os critérios são atendidos, as taxas de prenhez sobem, as perdas diminuem e o investimento retorna em forma de potros de elite, impulsionando a genética e a competitividade da equinocultura brasileira. As receptoras, muitas vezes pouco lembradas pelo público, são as verdadeiras guardiãs do futuro da raça — e o sucesso dos grandes criatórios começa exatamente por elas.
Por: Redação





