Mercado físico reage com firmeza, arroba do boi gordo supera R$ 314 e demanda por reposição aquece o campo; frigoríficos veem margens encolherem em meio à disputa pelo gado Nesta terça-feira, o mercado físico do
boi gordo encerrou com poucas variações nas praças pecuárias monitoradas. Em São Paulo, houve avanço de 0,53% em relação ao dia anterior,
com a arroba cotada em média a R$ 314,89. No mercado futuro, a B3 fechou estável: o contrato com vencimento em out/25 registrou leve avanço de 0,37% no comparativo diário, negociado a R$ 315,25/@. A sustentação dos preços vem sendo impulsionada por
chuvas intensas em regiões produtoras, que encurtaram as
escalas de abate e reduziram a disponibilidade imediata de animais prontos. Muitos pecuaristas aproveitaram a melhora nas pastagens para
reter o gado no pasto, postergando as vendas e forçando os frigoríficos a elevarem suas ofertas para garantir o abastecimento. Atualmente, diversas unidades frigoríficas operam com
escalas curtas, de até três dias úteis, o que reforça a disputa pela boiada e mantém o mercado em patamar firme. A expectativa é de que, enquanto as chuvas persistirem e as condições de engorda permanecerem favoráveis,
a arroba siga valorizada no curto prazo. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Veja abaixo a cotação do boi gordo:
São Paulo: de R$ 316,99 Goiás: de R$ 304,65 Minas Gerais: de R$ 303,12 Mato Grosso: R$ 302,04 Mato Grosso do Sul: de R$ 319,18 Pará: de R$ 297,65 Rondônia: de R$ 286,37 Exportações em ritmo forte e receita bilionária As
exportações de carne bovina in natura voltaram a ganhar fôlego na quarta semana de outubro, alcançando
75,15 mil toneladas embarcadas, com média de
15,03 mil toneladas por dia — o segundo maior volume semanal do mês. O
preço médio da tonelada subiu
0,35%, chegando a
US$ 5,53 mil/t, e a
receita mensal já soma US$ 1,53 bilhão, avanço expressivo de
48,22% frente ao mesmo período de 2024. A demanda internacional, especialmente da
China e de mercados emergentes, tem sido um dos principais pilares para o bom desempenho da pecuária brasileira neste segundo semestre, compensando a instabilidade do consumo interno. A demanda internacional, especialmente da China e de mercados emergentes, tem sido um dos principais pilares para o bom desempenho da pecuária brasileira neste segundo semestre, compensando a instabilidade do consumo interno.
Foto: Divulgação Margens dos frigoríficos encolhem Apesar da firmeza nas cotações, os
frigoríficos enfrentam margens mais apertadas. O aumento no custo de compra do boi gordo, somado à
estabilidade nos preços da carne bovina no atacado, tem reduzido a rentabilidade das indústrias. Com escalas curtas e forte concorrência por animais terminados, muitos estabelecimentos estão operando com
lucros comprimidos, principalmente nas vendas domésticas. O cenário, porém, ainda é sustentado pelo
bom ritmo das exportações, que ajuda a aliviar parte da pressão sobre o setor industrial. O cenário, porém, ainda é sustentado pelo bom ritmo das exportações, que ajuda a aliviar parte da pressão sobre o setor industrial.
Foto: Marcus Mesquita/Divulgação Boi magro sobe com apetite de reposição Outro reflexo do momento positivo é a
alta nos preços do boi magro, impulsionada pela retomada da
demanda por reposição. Com as pastagens recuperadas e confiança renovada no mercado, pecuaristas voltaram a investir na compra de animais jovens para recria e engorda, o que aqueceu as negociações em praças do
Centro-Oeste e Sudeste.