• Quinta-feira, 7 de agosto de 2025

“Buraco” no coração: entenda a condição que afeta deputado federal

Deputado foi diagnosticado com forame oval patente (FOP) no último sábado (15/2). Condição causa um “buraco” no coração e deve ser tratada

Marcos Pereira passou por um cirurgia no coração na última segunda-feira (17/2). Exames realizados no sábado (15/2) identificaram um forame oval patente (FOP), e permite o trânsito de sangue entre as câmaras do órgão. O procedimento foi feito para implantar uma prótese e corrigir a comunicação irregular entre os átrios, reduzindo o risco de AVC. Em nota, o partido afirma que o deputado está em recuperação e, em breve, estará de volta às atividades do mandato. O que é FOP e como é realizado o diagnóstico? O forame oval patente é uma má-formação congênita em que a membrana que separa os átrios do coração não se fecha completamente, permitindo a comunicação entre eles. A falha pode permitir que coágulos passem para a corrente sanguínea, aumentando o risco de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). O quadro está presente em até 25% da população adulta. “Para fazer o diagnóstico, são feitas avaliações com exames complementares para saber quanto de sangue passa de um lado para o outro e o tamanho do túnel. Nem sempre é indicado o fechamento do forame oval patente”, explica o cardiologista Thiago Germano, Coordenador de Cardiologia do Hospital Home/Ccor. Sintomas quase imperceptíveis Os indicativos para a presença da FOP não costumam ser tão claros. “Muitas pessoas com FOP podem viver sem sintomas, mas o diagnóstico e tratamento adequados são essenciais para prevenir complicações mais graves”, diz o cardiologista Raphael Boesche Guimarães, da Clínica Cardio Prime, no Rio Grande do Sul. Os sintomas mais comuns são: Falta de ar; Fadiga; Batimentos cardíacos irregulares; Derrame; Enxaquecas. Como é feito o tratamento? O tratamento para a condição é feito a partir de cirurgia para o fechamento do “buraco” no coração. O cardiologista Gabriel Dodo Buchler, do laboratório Salomão Zoppi, afirma que procedimento é tranquilo. “De modo geral, o paciente em pouco tempo já está apto para viver sua vida normalmente”, explica. A cirurgia é considerada bastante segura e é feita de forma minimamente invasiva. É feita uma punção venosa na veia femoral (virilha) e, com um cateter, uma prótese feita de liga metálica maleável é posicionada no forame oval. Ela possui dois discos que se fixam nos átrios e bloqueiam a comunicação. Depois da cirurgia, o paciente fica internado por 24 horas, sem necessidade de UTI na maioria dos casos, mas deve repousar durante uma semana devido ao local da punção. É recomendado evitar exercícios muito intensos no primeiro mês, mas a recuperação da rotina normal é rápida. Nem sempre é necessário tratar Na maioria dos casos, não há necessidade de tratamento e existem poucas indicações formais de fechamento da comunicação. Porém, o cardiologista Carlos Eduardo Suaide, do laboratório Delboni, ensina que o tratamento pode ser recomendado em algumas situações, como para . “Existem outras indicações, ainda não unânimes, como para enxaqueca recorrente, cianose aos esforços, história pregressa de trombose venosa profunda, além de pacientes que realizam viagens longas e em mergulhadores de águas profundas”, explica Suaide. Quem é Marcos Pereira? Filiado ao Republicanos desde 2019, o deputado federal está em seu segundo mandato e é presidente nacional da legenda desde 2011. Ele é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e sócio de um escritório de advocacia. Pereira foi ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços de 2016 a 2018, no governo Michel Temer. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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