Mulheres costumam ter um que o de homens da mesma faixa etária em testes. Pesquisas, como a de um grupo liderado pelo fisiologista por William Kraemer, estimaram que no desempenho físico as mulheres têm em média 65% da força de um homem, tendo menor capacidade especialmente na musculatura da parte superior do corpo.
Os testes comparativos, porém, costumam ignorar No geral, mulheres parecem se dar melhor em habilidades de resistência em vez das demonstrações de força pontuais dos homens.
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Veja quatro exemplos de aspectos físicos em que as mulheres são mais eficazes que os homens:
1. Resiliência: desempenho mais constante
O corpo feminino parece mais adaptado a suportar esforços contínuos. Mulheres enfrentam menos complicações pelo desgaste físico ao longo do tempo, mostram estudos sobre treinamento e envelhecimento vascular.
Nos treinamentos, o corpo feminino responde de forma mais eficiente aos esforços e se recupera mais rápido. O estima que as alunas necessitam de 25% menos tempo de descanso entre as séries para estarem prontas, o que permite uma frequência maior de treinamento sem queda de rendimento.
Além disso, essa capacidade de recuperação é também cardiorespiratória. Um teste feito pela em 2022 acompanhou 300 atletas acima dos 40 anos. Enquanto homens apresentaram envelhecimento vascular precoce, com risco aumentado de doenças cardíacas, mulheres mostraram vasos sanguíneos em melhores condições e idade biológica mais baixa, mantendo a capacidade de respiração celular.
“Estudos anteriores sobre exercícios de resistência de longo prazo se concentraram principalmente em homens, então há pouca pesquisa disponível sobre como isso afeta atletas femininas”, disse a pesquisadora Rebecca Hughes, líder do estudo, no lançamento da pesquisa.

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1 de 9 Com o passar do tempo, o corpo entra em processo natural de envelhecimento e conseguir massa muscular pode ser um pouco mais complicado. No entanto, não é impossível. Quando combinado com bons hábitos alimentares e físicos, é possível conseguir massa magra Oleg Breslavtsev/ Getty Images
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2 de 9 Uma das principais dicas para conseguir massa muscular é ter equilíbrio energético, praticar musculação e se alimentar da forma correta EXTREME-PHOTOGRAPHER/ Getty Images
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3 de 9 Ter uma boa rotina de sono também é imprescindível, pois noites bem-dormidas favorecem o processo metabólico e promovem a recuperação do corpo após os exercícios físicos Flashpop/ Getty Images
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4 de 9 Para obter bons resultados, outra dica é contratar o acompanhamento de um personal trainer, pois ter a supervisão de um profissional capacitado para auxiliar no que de fato você precisa, dentro das limitações de seu corpo, é o segredo para alcançar êxito Thomas Barwick/ Getty Images
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5 de 9 As atividades físicas promovem um aumento da capacidade cardiorrespiratória e no bem-estar geral. Além disso, ajudam a evitar câncer e diabetes. Para quem tem mais de 50 anos e deseja conseguir massa muscular, o crossfit é uma ótima opção The Good Brigade/ Getty Images
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6 de 9 Depois dos 40 anos, o corpo diminui a produção de hormônios, do tônus muscular e aumenta o acúmulo de gordura. Por isso, pessoas com idades mais avançadas apresentam mais dificuldades para começar a realizar atividades físicas, principalmente se têm histórico de sedentarismo no passado Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images
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7 de 9 Apesar disso, uma rotina saudável é capaz de gerar um círculo virtuoso, no qual os níveis de hormônio melhoraram, o corpo ganha massa magra e o indivíduo fica mais disposto Halfpoint Images/ Getty Images
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8 de 9 O consumo de proteínas também ajuda no ganho de massa muscular. No entanto, para conseguir alcançar o seu objetivo é necessário realizar o ajuste desse alimento consumido ao longo do dia Jupiterimages/ Getty Images
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9 de 9 A ingestão de água também é extremamente importante para quem quer tonificar o corpo. Além de todos os benefícios que o líquido possui, as fibras musculares são compostas de 75% a 85% de água Guido Mieth/ Getty Images
2. Resistência à dor
A dor é um dos fenômenos mais difíceis de medir na biologia humana. Ainda assim, uma série de pesquisas aponta que as mulheres suportam mais a dor que os homens. De cólicas menstruais a fraturas ósseas, o corpo feminino parece ter mais resistência a se manter em movimento mesmo diante de uma dor aguda.
Outro dado relevante é a frequência com que mulheres continuam a competir mesmo lesionadas. Este comportamento, porém, não encontrou respaldo biológico e as pesquisas disponíveis descrevem a situação de forma observacional.
Com isso, a resistência pode estar associada tanto à biologia quanto a condicionantes sociais que fazem com que mulheres tenham de lidar melhor com as próprias dores físicas que homens.
3. Imunidade: vantagem no sistema de defesa
Não resta dúvida, porém, que Na verdade, em todos os mamíferos conhecidos, as fêmeas apresentam sistemas imunológicos mais eficientes. Entre humanos, essa diferença está relacionada ao estrogênio e ao cromossomo XX, que oferece maior variação na resposta imunológica do organismo.
A bióloga evolutiva Marlene Zuk, da Universidade de Minnesota, : “Não há dúvida sobre quem é o sexo mais doente — são os homens, quase sempre”, afirmou. A observação está relacionada a dados de internações, infecções e até mortalidade precoce.
Por outro lado, há um custo. A maioria dos casos de doenças autoimunes ocorre em mulheres, justamente pela atividade elevada do sistema de defesa. “Se isso representa um exagero da evolução para produzir um sistema de vigilância muito vigilante é uma possibilidade intrigante, mas ainda não testada”, diz Marlene. Ainda assim, elas apresentam maior resistência a vírus,
4. Longevidade: mais anos de vida e saúde
Mulheres vivem mais que homens, um padrão observado em diferentes culturas e espécies, provavelmente também na sua família, ao observar suas avós e avôs. Parte disso se explica pelo comportamento, mas a biologia também tem papel central na longevidade feminina.
Pesquisas indicam que o cromossomo Y, exclusivo dos homens, sofre degradação ao longo do tempo. Este processo está relacionado a doenças como câncer e enfermidades cardiovasculares. Mulheres, com dois cromossomos X, não enfrentam esse risco.
A médica geriatra Polianna Souza afirma: “As mulheres tendem a adotar estilos de vida mais saudáveis, buscar cuidados médicos preventivos com mais frequência e demonstrar maior resiliência diante de desafios de saúde. Esses são fatores que podem favorecer a uma vida mais longa e com maior qualidade”.
Por isso, a percepção de força física, que muitas vezes se limita ao músculo visível, pode estar equivocada: em muitos aspectos essenciais para a saúde e a sobrevivência, o corpo feminino demonstra força em profundidade.
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