• Quarta-feira, 22 de outubro de 2025

“Trazer o jogo para a luz da lei já foi um avanço”, diz Irajá

Senador afirmou ao Poder360 que a regulamentação dos jogos físicos pode gerar mais de 15 milhões de empregos diretos e indiretos.

O senador Irajá (PSD-TO) afirmou nesta 3ª feira (21.out.2025), em entrevista ao Poder360 durante o BiS Brasília, evento voltado ao mercado de apostas e games, que a regulamentação dos jogos físicos no país pode gerar mais de 15 milhões de empregos diretos e indiretos.

“Você tirar uma atividade que funcionava na ilegalidade, como era o jogo online, e trazê-lo para a luz da lei já foi um grande avanço”, declarou.

“Uma vez legalizado o setor, você tem sob o controle do poder público a fiscalização dessa atividade, a proteção ao consumidor, que é o apostador, e a arrecadação de impostos para o país.”

Assista à entrevista ao Poder360 (18min56s):

O senador afirmou que a legalização das apostas online trouxe “um ambiente saudável e regulado”, que permite controle estatal e combate ao crime organizado. “Você tira também do crime organizado o domínio dessa atividade e traz para um ambiente legal com empresas pautadas sobre governança e compliance”, disse.

Relator do projeto que trata da legalização dos cassinos e bingos, Irajá disse que o Brasil está na contramão de outros países ao permitir apenas o jogo online.

“Enquanto todos os países aprovaram o jogo físico primeiro e depois amadureceram e aprovaram o jogo online, o Brasil foi o contrário. Nós temos a aprovação do jogo online. Ou seja, você tem um cassino aqui no celular, mas não pode ter um cassino físico operando no Brasil”, afirmou.

Segundo o senador, a legalização dos cassinos pode impulsionar o turismo e a economia nacional.
“O físico é o que mais gera emprego, oportunidade e renda, e pode ser mais bem fiscalizado pelos órgãos de controle”, disse.

“São mais de R$ 20 bilhões de arrecadação e mais de 15 milhões de novos empregos diretos e indiretos nessa perspectiva da legalização do jogo responsável em todo o território nacional.”

Irajá afirmou que o projeto em discussão no Senado prevê uma licença federal por Estado para resortes integrados — complexos com hotel, cassino, shopping e centro gastronômico. Estados de maior porte, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, poderão ter até 2 ou 3 licenças.

“É um projeto conservador, que quer experimentar esse novo modelo e que, se der certo, num futuro próximo poderá ser ampliado”, declarou.

O senador disse que a ausência de regulação é o pior cenário para o país, pois deixa os consumidores desprotegidos. “O pior cenário é exatamente o que nós estamos vivenciando hoje: você não ter proteção nenhuma ao consumidor, que é o apostador”, afirmou.

“Enquanto num ambiente regulado você tem a presença do Estado, da Receita Federal, da Polícia Federal e dos órgãos de controle fiscalizando se aquele operador está cumprindo com as normas.”
Irajá defendeu que a regulação dos jogos é necessária para permitir o combate à ludopatia (vício em jogos). “Num ambiente regulado você tem condições de promover políticas que combatam a ludopatia e que possam proteger o consumidor de empresas que não são idôneas”, disse.

O senador afirmou que mantém diálogo constante com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o tema. “Tenho dialogado constantemente com todos os ministérios, inclusive com o ministro Haddad, que inclusive num vídeo deu um depoimento favorável à legalização e regulamentação do jogo físico”, declarou.

“Essa perspectiva de arrecadação de mais de R$ 20 bilhões por ano é um recurso novo que é injetado na economia brasileira.”

Irajá afirmou que a regulamentação ajudará a financiar áreas como saúde, segurança pública e educação. “Não há dúvida de que esse novo ambiente saudável, regulado e com regras e critérios é aquilo que o país precisa e que o apostador merece”, disse.

“Existe o jogo responsável, que é aquele controlado; e o jogo de azar, que é aquele dominado pelo crime organizado. Nós defendemos o jogo responsável.”

Segundo o senador, a expectativa é que o projeto seja votado ainda em 2025. “A tendência, na conversa que estou mantendo com o senador Davi Alcolumbre e com alguns líderes, é que a gente possa votar definitivamente este semestre”, afirmou.

“Estou muito confiante que a gente consiga entregar essa agenda social e econômica ao país neste ano de 2025.”

Por: Poder360

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