A filiação de Ciro Gomes ao PSDB será feita nesta 4ª feira (22.out.2025), a partir das 13h. Ele pretende disputar o governo do Ceará nas eleições de 2026.
Ciro, 67 anos, esteve no PDT por 10 anos e entregou a carta de desfiliação ao presidente da sigla, Carlos Lupi, na 6ª feira (17.out). Essa é a 7ª legenda da qual o ex-governador do Ceará e ex-ministro se desliga em sua carreira política.
A decisão de Ciro de se desligar do PDT foi motivada por divergências nas alianças para a disputa pelo governo do Ceará em 2026. O político discorda do apoio pedetista ao petista Elmano de Freitas.
O ato de filiação de Ciro Gomes ao PSDB será transmitido aqui:
Ciro e Elmano devem protagonizar a disputa pelo governo do Estado. O PT ocupa o cargo desde 2015, quando Camilo Santana —atual ministro da Educação no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT)— foi eleito.
A oposição ao PT deve ser uma das bandeiras de Ciro no retorno ao PSDB, partido pelo qual governou o Ceará de 1991 a 1994.
No PDT desde 2015, Ciro disputou pelo partido duas das 4 eleições presidenciais de que participou. Declarou estar “infeliz” na sigla depois da adesão à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem já foi ministro e aliado.
O ex-senador peessedebista Tasso Jereissati é tido como o nome fundamental para convencer Ciro a escolher o PSDB, considerado por ele “o partido certo”.
Ciro disputou 4 eleições presidenciais (2022, 2018, 2002 e 1998), das quais as 2 últimas pelo PDT. Em 2022, ficou em 4º lugar, com 3% dos votos válidos.
Apesar das recentes movimentações partidárias, Ciro já afirmou que não pretende mais concorrer à Presidência.
Desde as eleições municipais de 2024, Ciro vinha articulando oposição ao PT e se aproximando de expoentes de centro e do bolsonarismo. Em Fortaleza, apoiou em 2024 o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deputado André Fernandes (PL-CE), contra o candidato lulista Evandro Leitão (PT), que saiu vitorioso.
Além do PSDB na década de 1990 e antes do PDT, Ciro foi filiado ao PDS, ao PMDB, ao PPS, ao PSB e ao Pros.
O novo partido de Ciro vive o pior momento da sua história. No auge, de 1998 a 2000, chegou a ter 9.794 políticos ocupando algum cargo eletivo. Em 2025, o número recuou para 3.330, considerando as eleições de 2022 e 2024 —uma queda de 66%.
Com a saída de Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, que se filiou em agosto ao PP, pela 1ª vez desde a sua fundação, em 1988, o PSDB não governa nenhum dos 26 Estados nem o Distrito Federal.