Brasil pode ter “passaporte verde” no agro: como o país deve se preparar para vender ao mercado internacional em 2026A “Revolução do Milho” e a armadilha da digestão Imagine voltar no tempo, lá para 2005. Naquela época, a silagem que ia para o cocho era mais rústica. As análises de laboratório mostravam uma fibra (o chamado FDN) na casa dos 55% e o amido raramente passava de 22%. A vaca precisava mastigar muito, e essa silagem, sozinha, dava conta de fazer o rúmen trabalhar. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O tempo passou, o melhoramento genético avançou e as lavouras mudaram. “Hoje, colhemos híbridos de milho espetaculares, com a fibra (FDN) baixíssima, entre 36% e 37%, e muito grão”, explica Júlia. A notícia é ótima para a produção de energia, mas acende um sinal vermelho na fisiologia animal. Essa silagem moderna “derrete” muito rápido dentro da vaca. Falta aquela fibra que “coça” a parede do rúmen e obriga o animal a ruminar. É por essa falta de estímulo físico que sua fazenda precisa de mais volumoso de haste longa entrando na mistura. Quando o rúmen “azeda” Sem mastigação suficiente, falta saliva. Sem saliva, o rúmen não consegue combater a acidez. É aí que se instala a chamada Acidose Ruminal Subclínica (SARA). Diferente da acidose aguda, que derruba a vaca, essa é silenciosa: a vaca continua comendo, mas produz menos. Estudos de universidades americanas, como a de Wisconsin, e referências do NRC (Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA), mostram que essa acidez excessiva “mata” as bactérias que produzem a gordura do leite. O resultado?
Sua fazenda precisa de mais volumoso; Entenda o porquê
A silagem moderna mudou e o rúmen pede socorro. Entenda por que sua fazenda precisa de mais volumoso fibroso, como o Tifton, para evitar prejuízos e acidose.
O milho evoluiu e ficou “macio” demais para o rúmen. Agora, para evitar a acidose e segurar a gordura no leite, o segredo é voltar ao básico e misturar uma segunda fonte de fibra na dieta Quem caminha entre os galpões de compost barn ou free stall hoje em dia percebe que o desafio mudou. Se antigamente a luta era fazer a vaca comer, hoje o perigo mora justamente na digestão rápida demais. É um alerta que ecoa de norte a sul do país: para acompanhar a genética moderna, sua fazenda precisa de mais volumoso fibroso misturado à silagem. A explicação vem de quem vive o dia a dia do campo. A especialista em nutrição Júlia Silveira, do canal “Porteira Adentro”, traz uma reflexão que une a ciência à prática: a silagem de milho que tratava as vacas há 20 anos não existe mais. E isso, embora pareça bom, trouxe um efeito colateral perigoso para o estômago da vaca. Siga a leitura e acompanhe o Compre Rural, qui você encontra informação de qualidade para fortalecer o campo! Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
O tanque de leite não rende em sólidos. Os cascos começam a apresentar problemas (laminite). A vaca dura menos tempo no rebanho. Para fechar uma conta de 28 quilos de comida por dia sem adoecer o animal, a única saída segura é a diversificação.
A salvação vem do capim: O papel do Tifton e da Alfafa É aqui que entra a estratégia do “segundo prato”. Enquanto no Sul os produtores têm a benção do azevém e da alfafa, no Brasil central o Feno de Tifton assumiu o papel de guardião do rúmen. Com cerca de 90% de matéria seca, o feno entra na dieta para devolver a estrutura física que a silagem perdeu. Ele funciona como uma “bucha”, garantindo que o rúmen continue se movimentando. Mas atenção, amigo produtor: não adianta apenas jogar o feno no cocho. A tecnologia precisa entrar na porteira. “O segredo está no tamanho da picagem. Muitos fornecedores entregam o feno inteiro, e a vaca separa no cocho. O uso do vagão forrageiro vertical é essencial para picar esse material no tamanho certo”, orienta a especialista.
O teste da peneira Para saber se a mistura ficou boa, a ciência empresta uma ferramenta simples: a Peneira da Penn State (aquela caixa com furos de diferentes tamanhos). Se a dieta estiver bem feita, com a segunda fonte de volumoso bem misturada, você deve encontrar uma distribuição equilibrada de fibras longas e médias. É esse equilíbrio que garante que a vaca vai comer tudo, sem escolher, mantendo a saúde em dia e o leite com teor de gordura lá no alto. No fim das contas, a lição é clara: a modernidade trouxe silagens potentes, mas a natureza da vaca continua a mesma. Ela precisa ruminar. E para isso, sua fazenda precisa de mais volumoso. Escrito por Compre Rural
VEJA MAIS: Brasil pode ter “passaporte verde” no agro: como o país deve se preparar para vender ao mercado internacional em 2026 iPhone 17 ou Bezerro, em qual investir? Dinheiro na mão de tolo vira pó, na do produtor multiplica ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Por: Redação





