• Sábado, 28 de junho de 2025

Sob Lula, risco Brasil recua de 214 para 152 pontos em 2025

Indicador no 3º mandato do petista teve melhor resultado em maio do ano passado, com 99 pontos.

Ao completar 2 anos e 6 meses de governo na 2ª feira (30.jun.2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um risco Brasil de 152 pontos –dado do fechamento de 6ª feira (27.jun). Essa marca é uma melhora relevante neste ano.

O risco Brasil em 1º de janeiro de 2025 era de 214 pontos. Houve uma melhora de 62 pontos.

Leia a trajetória diária do indicador em 2025:

Esse indicador mede a chance de um país cumprir ou não com suas obrigações financeiras. Quanto menos pontos, melhor a situação do país do ponto de vista econômico.

O risco país é calculado sobre o papel conhecido como CDS (Credit Default Swap), que é como seguro contra calote da dívida de uma nação.

O cálculo se dá comparando rendimento de títulos da dívida de um país com papéis livres de risco de crédito –em geral, do Tesouro dos Estados Unidos.

Cada ponto-base corresponde a 0,01%. Neste caso, o risco Brasil equivale a 1,52%.

Eis um exemplo:

Se os títulos do Tesouro norte-americano estiverem rendendo 4% ao ano, os investidores exigirão que o Brasil pague 5,52% (4% + 1,52%) para que se arrisquem a comprar papéis da dívida brasileira.

O melhor resultado do governo Lula se deu em 15 de maio de 2024, quando o risco Brasil foi de 99 pontos –registrou uma queda abrupta na data, mas logo retornou para o patamar dos 140 pontos.

A marca ainda é inferior à melhor pontuação durante a Presidência de Jair Bolsonaro (PL), em 19 de fevereiro de 2020, quando atingiu 92 pontos.

Leia no gráfico abaixo um comparativo entre os 2 governos:

Leia no infográfico abaixo a trajetória do risco Brasil desde 2018:

Ecio Costa, economista e professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), avalia que o nível do risco Brasil não está tão baixo quanto poderia e menciona o período pré-pandemia de covid. Na sua visão, o patamar ainda “preocupa”.

Segundo o especialista, alguns fatores internos têm potencial de impactar a trajetória do indicador. “Dependerá muito, no cenário doméstico, de novas medidas que sejam anunciadas pelo governo para aumento ou redução de despesas, de aumento de impostos. As pesquisas eleitorais para o ano que vem podem influenciar também bastante”, declara.

Por: Poder360

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