• Sábado, 28 de junho de 2025

Gilmar quer que ação contra derrubada do IOF fique com Moraes

Ministro Gilmar foi sorteado para ser relator, mas disse que colega da Corte já analisa ações do PL sobre o tributo.

Sorteado para ser relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade que contesta a derrubada do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes sugeriu que o processo fosse redistribuído ao ministro da Corte Alexandre de Moraes. Eis a íntegra do documento (PDF – 133 kB).

O Psol (Partido Socialismo e Liberdade) protocolou na 6ª feira (27.jun.2025) ação questionando a aprovação do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) nº 176 de 2025 que revogou o aumento das alíquotas do IOF. O sorteio do relator no Supremo foi feito no mesmo dia e caiu com o ministro Gilmar.

Gilmar disse que, em 4 de junho, Moraes foi escolhido relator da ação direta de inconstitucionalidade que discute a suspensão de 2 decretos legislativos (nº 12.466 e 12.467) que tratam sobre o aumento do IOF.

“A mim me parece que, de fato, existe coincidência parcial de objetos entre esta ação direta e a ADI 7.827/DF, de relatoria do eminente ministro Alexandre de Moraes”, disse. “Caso se compreenda inexistir, na espécie, coincidência parcial de objetos, há, no mínimo, segundo penso, risco de prolação de decisões contraditórias”, completou.

O pedido foi feito ao presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso. Ao acionar o STF, o Psol solicitou que a relatoria da ação fique com o ministro Alexandre de Moraes.

A revogação aconteceu na 4ª feira (25.jun.2025) tanto na Câmara quanto no Senado.

Na Câmara, foram 383 votos a favor da revogação e 98 contra. Os partidos PT, PV, PC do B, Psol e Rede orientaram voto contra. Os partidos União Brasil, PP, PSD, PDT, PSB, MDB e Republicanos, que têm 14 ministérios, votaram em peso a favor da proposta. A aprovação foi a pior derrota de Lula na Câmara em seu 3º mandato, e para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

É também um recado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao Planalto.

Já no Senado, a votação foi simbólica –sem contagem nominal. Depois da votação, o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) disse que a decisão foi uma “derrota para o governo construída a várias mãos”.

Ao ser judicializada, a ação contra a suspensão foi sorteada para o ministro Gilmar.

Por: Poder360

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