O Poder360, em parceria com o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), lança mais um episódio do programa de análises semanais Infra em 1 Minuto. Neste sábado (28.jun.2025), Pedro Rodrigues, sócio da consultoria e especialista em óleo e gás, fala sobre a reforma do setor elétrico no Brasil.
Segundo Pedro Rodrigues, o Irã vinha mantendo uma postura relativamente afastada do conflito entre Israel e Hamas, buscando até mesmo aproximações diplomáticas com os Estados Unidos. No entanto, o ataque à sua infraestrutura nuclear alterou drasticamente essa dinâmica.
O cenário se tornou ainda mais complexo com a participação direta dos EUA, que realizaram ataques estratégicos a 3 importantes centros de pesquisa nuclear e enriquecimento de urânio no Irã. Logo após esses ataques, o então presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a anunciar uma trégua entre os países, que não se manteve por muito tempo. Mesmo com a continuidade das agressões na região, há sinais de que um acordo seja possível. Declarações de oficiais de ambos os países sugerem a abertura para negociações.
“Seja qual for o próximo passo, é certo que ele terá fortes reflexos no preço do barril e será determinante para o planejamento de curto prazo do setor“, conclui Pedro Rodrigues.
Um dos maiores temores de analistas do setor é a possibilidade de o Irã retaliar fechando o Estreito de Ormuz, uma rota marítima crucial que conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã. “A medida teria o potencial de impactar o fluxo de cerca de 20 milhões de barris por dia, o equivalente a 20% da demanda global por petróleo“, alerta o sócio do CBIE.
Apesar do Irã ter domínio sobre o estreito, o bloqueio seria uma ação de alto custo político e econômico. A China, um dos maiores consumidores do petróleo que atravessa o estreito e importante parceiro do Irã, seria gravemente afetada. Além disso, a já deteriorada economia iraniana, impactada por anos de sanções norte-americanas, sofreria prejuízos substanciais.
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