O senador Laércio Oliveira (PP-SE) defendeu nesta 4ª feira (5.nov.2025) o gás natural como o principal combustível para a transição energética brasileira nas próximas décadas.
Em entrevista ao Poder360 antes de participar do seminário “Energia e desenvolvimento regional: convergência para o Brasil do Futuro”, promovido pela Eneva e pelo jornal digital e realizado no B Hotel, em Brasília.
O congressista afirmou que o maior desafio do país é criar um ambiente de concorrência para reduzir o preço do insumo e atrair a indústria.
“A principal delas, [é] ficar claro que o gás é o combustível da transição energética. E nós vamos viver isso durante os próximos 50 anos. Então, isso precisa ficar muito bem claro”, declarou.
Para Laércio Oliveira, o Brasil está “muito distante” de um preço competitivo em comparação com o mercado internacional, o que freia o desenvolvimento industrial.
“A gente precisa de um gás competitivo. A indústria anseia por um gás competitivo”, disse. “A entrada de novos produtores nesse mercado, aliada a uma concorrência que vai derrubar o preço do gás […] vai colocar o Brasil de volta onde ele deve estar, precisa estar e tem todas as condições para estar.”
O senador se definiu como um “defensor intransigente de uma concorrência livre”.
Assista ao seminário:
Relator da Lei do Gás (Lei 14.134/2021) no Congresso, o congressista afirmou que o Legislativo “fez a sua parte” para dar segurança jurídica aos investidores, mas reconheceu que a falta de infraestrutura, como gasodutos, ainda é um gargalo central.
Segundo o senador, o Brasil desperdiça riqueza por não ter como escoar a produção: “Temos um problema enorme no país que se chama reinjeção do gás. A gente reinjeta quase 50 milhões de metros cúbicos de gás por dia ou mais. Por quê? Porque nós não temos infraestrutura. A gente está perdendo riqueza, desenvolvimento, geração de emprego, porque nós não temos infraestrutura”.
O congressista também foi o relator do Patem (Programa de Aceleração da Transição Energética) e disse que o programa foi desenhado para destravar uma alternativa contábil que permita que estoques contábeis das empresas sejam transformados em investimentos diretos em infraestrutura.
Laércio Oliveira declarou que um preço menor, viabilizado pela oferta e pela concorrência, permitirá o desenvolvimento industrial, citando uma máxima que ouviu do setor privado durante a discussão da Lei do Gás: “A indústria vai aonde o gás está. Se eu tiver um insumo importante como é a energia por um preço em conta, o produto vai chegar na prateleira para a sociedade consumir com um preço muito mais em conta. Esse é o desafio”.
Leia mais sobre Rota do Gás:





