O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja à Colômbia no fim de semana para participar da 4ª Cúpula Celac-UE (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e União Europeia), que será realizada nos dias 9 e 10 de novembro em Santa Marta.
Na véspera da viagem, Lula indicou que pretende levar à reunião da Celac o debate sobre a situação na Venezuela e a presença militar dos Estados Unidos na região. “Só tem sentido a reunião da Celac neste momento se a gente for discutir essa questão dos navios de guerra americanos aqui nos mares da América Latina”, disse o presidente na 3ª feira (4.nov).
Lula deve participar do encontro no domingo (9.nov) e retornar a Belém na 2ª feira (10.nov), onde abre oficialmente a COP30, conferência do clima da ONU.
O presidente está em Belém desde sábado (1º.nov). A viagem à Colômbia alterou os planos iniciais de Lula, que pretendia ir a Fernando de Noronha (PE) no fim de semana para o lançamento de um projeto de energia solar.
Segundo Lula, o continente deve ser tratado como uma “zona de paz”.
“Tive oportunidade de conversar com o presidente Trump sobre esse assunto, dizendo para ele que a América Latina é uma zona de paz. Aqui não proliferam armas nucleares. […] O problema que existe na Venezuela é um problema político que deve ser resolvido na política”, disse o presidente.
A Colômbia ocupa atualmente a presidência rotativa da Celac e sedia o encontro em parceria com a União Europeia.
A relação entre os 2 blocos também marca a agenda de Lula nesta 4ª feira (5.nov), em Belém, onde o presidente tem 9 reuniões bilaterais antes da Cúpula de Líderes nos dias 6 e 7 de novembro. Entre elas, está um encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Além disso, acontecem reuniões com os chefes de Estado da Finlândia, Honduras, Congo, Comores, Suriname e Papua-Nova Guiné, o vice-primeiro-ministro da China, Ding Xuexiang, e o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Sidi Ould Tah.
A Cúpula de Líderes (formalmente chamada de Cúpula do Clima de Belém) é realizada nos dias 6 e 7 de novembro como encontro preparatório de alto nível. O encontro tem como objetivo estabelecer compromissos políticos antes da COP30 (30ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), de 10 a 21 de novembro.
O evento contará com autoridades de 143 delegações dos 198 países signatários da Convenção do Clima da ONU, além de órgãos multilaterais, como o Banco Mundial e a Agência Internacional de Energia.
Ao todo, 57 chefes de Estado e 39 ministros confirmaram presença na cúpula. Entre os líderes esperados estão Emmanuel Macron (França) e Keir Starmer (Reino Unido).
O presidente Lula abrirá os discursos na 5ª feira (6.nov). A agenda inclui o lançamento do TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), e a discussão sobre financiamento climático, biocombustíveis, oceanos e preservação das florestas. Durante encontro de chefes de Estado, o presidente deve cobrar metas climáticas e quer tirar do papel novos modelos de financiamento especialmente para ações em países em desenvolvimento.
É a 1ª vez que uma COP é realizada na Amazônia. O local é considerado estratégico por ser a maior floresta tropical do mundo.





