Rússia defende os Brics após ofensiva de Trump contra Brasil e Índia
Após Trump anunciar tarifas contra Brasil e Índia, Rússia diz que os Brics não são uma ameaça para nenhum país ao redor do mundo
Um dia após a ofensiva do governo contra o Brasil e Índia, a saiu em defesa dos Brics, e negou que o bloco de economias emergentes pratique políticas anti-americanas — ou contra qualquer outra nação. A declaração aconteceu nesta quinta-feira (31/7), durante entrevista do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à mídia estatal do país.
“Os Brics não respondem a ameaças. Os Brics nunca direcionam suas atividades contra nenhum país. Esse não é o propósito dos Brics”, destacou Peskov.
De acordo com o porta-voz do governo russo, o objetivo do bloco é cooperar entre si, em áreas de interesse e benefícios mútuos.
. Na visão do presidente dos Estados Unidos, o bloco representa uma ameaça direta aos interesses norte-americanos, principalmente pela tentativa de diminuir a dependência do dólar no comércio internacional entre os países membros.
Desde então, o presidente dos EUA tem feito inúmeras ameaças contra os Brics, ou nações que tentem se aproximar do grupo.
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Brasil e Índia
Na quarta-feira (30/7), dois dos países fundadores dos Brics foram atingidos pela agressiva política externa de Trump: Brasil e Índia.
Como já havia anunciado, o presidente norte-americano assinou a ordem executiva que oficializa a tarifa de 50% sobre as exportações do Brasil para os EUA, .
Além disso, . Assim como a retaliação econômica contra as importações brasileiras, a medida contra o juiz teve como plano de fundo motivos políticos.
Mais precisamente o julgamento de . O ex-presidente é acusado de liderar uma organização criminosa que tentou realizar um golpe de Estado no Brasil, e enfrenta julgamento no STF. Ainda assim, Trump considera o ex-capitão do Exército inocente.
Já a Índia foi punida com uma tarifa de 25% por negociar energia e equipamentos militares da Rússia. A medida não é uma retaliação direta apenas contra os indianos, como também ao país liderado por que até o momento ainda não chegou a um acordo de paz com a Ucrânia.
Por: Metrópoles