• Quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Roraima pode exportar energia para outros países, diz governador

Segundo Denarium, Estado saiu do “apagão” para a segurança energética; para ele, estabilidade levou a crescimento de 37% do PIB

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), disse nesta 4ª feira (5.nov.2025) que o Estado tem capacidade para exportar energia não só para outras regiões do Brasil, mas também para outros países. A declaração foi durante o seminário “Energia e desenvolvimento regional: convergência para o Brasil do futuro”.

Segundo Denarium, Roraima saiu do “caos e apagão” para a segurança energética. Para ele, esse processo “gera segurança política, econômica, de desenvolvimento e atrai novos investimentos”. O governador relaciona essa estabilidade ao crescimento de 37,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 6 anos.

Até 2018, ano em que Denarium foi eleito, o Estado sofria com 80 apagões por ano. À época, era dependente da importação de energia vinda da Venezuela. Em 2019, houve o 1º leilão de fontes renováveis da UF (Unidade Federativa), que movimentou R$ 1,62 bilhão em investimentos. Uma das empresas vencedoras do certame foi a Eneva, que hoje fornece parte da energia que abastece o Estado. 

“Roraima agora tem total segurança energética. Isso está transformando a vida dos roraimenses e a expectativa de desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda para o Estado”, afirmou.

Em setembro deste ano, o governo do Estado anunciou a ligação definitiva ao linhão de Tucuruí, que assegurou que Roraima passasse a integrar o SIN (Sistema Interligado Nacional) e finalizasse um ciclo de isolamento energético. No seminário, Denarium definiu esse processo como “um trabalho intenso com o governo federal”.

Assista ao evento:

A importância da segurança energética para o desenvolvimento socioeconômico das regiões brasileiras é o tema do seminário “Energia e desenvolvimento regional: convergência para o Brasil do futuro”, nesta 4ª feira (5.nov), em Brasília. O evento aborda também o papel da regulação na atração de investimentos para o país liderar globalmente uma transição energética justa. É uma realização da Eneva, com o apoio do Poder360. A transmissão ao vivo será no canal do jornal digital no YouTube, a partir das 9h.

Leia a programação:

9h |Painel de abertura

Mediador: Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360

9h30 | Conversa com CEO

Mediador: Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura)

9h45 | Painel 1 – Energia como pilar do desenvolvimento regional

Mediador: Guilherme Waltenberg, editor sênior do Poder360

10h50 | Painel 2 – O papel da energia firme na nova economia

Mediador: Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura)

11h40 |Encerramento  

Indispensável à economia do país, a energia movimenta a indústria, o comércio, os serviços e a vida cotidiana dos brasileiros. O setor funciona como um indutor do desenvolvimento, não só por ser o motor da atividade econômica, mas por atrair investimentos e obras de infraestrutura, criar empregos e contribuir para o crescimento das regiões.

Nesse cenário, o evento traz para a pauta o potencial do setor no desenvolvimento de soluções e projetos que garantam a segurança energética e atendam a demanda crescente por energia diante de inovações que levarão à utilização intensa do recurso, como a IA (inteligência artificial).

Outro tema desafiador que será debatido no evento é como garantir energia firme em meio a questões como a transição energética e as mudanças climáticas. O Brasil, hoje, tem 84,41% da matriz energética composta por fontes renováveis.

As estruturas incluem 219 hidrelétricas, 1.643 usinas eólicas e 21.325 usinas fotovoltaicas, que utilizam painéis solares para produzir eletricidade a partir da luz do sol. Além disso, há 3.093 usinas termelétricas, com papel extremamente relevante.

As usinas termelétricas são consideradas importantes devido à confiabilidade para garantir energia firme se comparadas a outras fontes, como as hidrelétricas –sujeitas ao regime de chuvas– e a energia fotovoltaica e eólica –também dependentes das condições climáticas.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo PoderData, a pedido da Eneva, um total e 74% dos brasileiros acredita que o país deveria investir mais em segurança energética. Além disso, para 72%, o caminho para alcançar segurança no fornecimento de energia é uma matriz energética diversificada, com investimentos em fontes renováveis e não renováveis.

Por: Poder360

Artigos Relacionados: