O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), afirmou nesta 4ª feira (5.nov.2025) que o Estado vive um “momento histórico” com a “consolidação do seu potencial energético” como fator de desenvolvimento sustentável e competitivo. “O Estado do Amazonas tem a maior reserva de gás em terra do Brasil”, disse.
As declarações foram durante o seminário “Energia e desenvolvimento regional: convergência para o Brasil do futuro”, realizado pela Eneva com apoio do Poder360, em Brasília. Também participaram do painel Antonio Denarium (PP), governador de Roraima; José Macedo Sobral (PSB), vice-governador de Sergipe; e Yandra Moura, deputada federal (União Brasil-SE).
Lima afirmou que o território tem 42 bilhões de m³ em reservas descobertas de gás natural. A bacia do Rio Solimões concentra cerca de 80%. Segundo o governador, o potencial do Estado é de 100 bilhões de m³.
“O gás é a energia mais limpa, sem contar que ele é central nesse processo de transição energética. Além disso, nos abre muitas possibilidades de desenvolvimento de segmentos da indústria, como os fertilizantes nitrogenados”, declarou. Eis a íntegra da apresentação feita pelo governador durante o evento (PDF – 16 MB).
Falando sobre resultados, Lima citou o investimento de R$ 5,8 bilhões feito pela Eneva na construção de 3 termelétricas. Disse que o projeto criou 5.000 empregos diretos e que o complexo pode gerar cerca de 1 GW de energia e abastecer 3,7 milhões de residências.
O governador também citou a operação de uma mina de potássio que está sendo desenvolvida no município de Autazes.
“Hoje, o Brasil importa 95% do potássio, que é um dos elementos mais importantes na questão dos fertilizantes. A mina tem capacidade de fornecer cerca de 20% do potássio que é utilizado hoje”. Segundo ele, a iniciativa beneficiaria a produção e segurança alimentar “do mundo”.
A importância da segurança energética para o desenvolvimento socioeconômico das regiões brasileiras é o tema do seminário “Energia e desenvolvimento regional: convergência para o Brasil do futuro”, nesta 4ª feira (5.nov), em Brasília. O evento aborda também o papel da regulação na atração de investimentos para o país liderar globalmente uma transição energética justa. É uma realização da Eneva, com o apoio do Poder360. A transmissão ao vivo será no canal do jornal digital no YouTube, a partir das 9h.
Leia a programação:
9h |Painel de abertura
Mediador: Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360
9h30 | Conversa com CEO
Mediador: Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura)
9h45 | Painel 1 – Energia como pilar do desenvolvimento regional
Mediador: Guilherme Waltenberg, editor sênior do Poder360
10h50 | Painel 2 – O papel da energia firme na nova economia
Mediador: Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura)
11h40 |Encerramento
Indispensável à economia do país, a energia movimenta a indústria, o comércio, os serviços e a vida cotidiana dos brasileiros. O setor funciona como um indutor do desenvolvimento, não só por ser o motor da atividade econômica, mas por atrair investimentos e obras de infraestrutura, criar empregos e contribuir para o crescimento das regiões.
Nesse cenário, o evento traz para a pauta o potencial do setor no desenvolvimento de soluções e projetos que garantam a segurança energética e atendam a demanda crescente por energia diante de inovações que levarão à utilização intensa do recurso, como a IA (inteligência artificial).
Outro tema desafiador que será debatido no evento é como garantir energia firme em meio a questões como a transição energética e as mudanças climáticas. O Brasil, hoje, tem 84,41% da matriz energética composta por fontes renováveis.
As estruturas incluem 219 hidrelétricas, 1.643 usinas eólicas e 21.325 usinas fotovoltaicas, que utilizam painéis solares para produzir eletricidade a partir da luz do sol. Além disso, há 3.093 usinas termelétricas, com papel extremamente relevante.
As usinas termelétricas são consideradas importantes devido à confiabilidade para garantir energia firme se comparadas a outras fontes, como as hidrelétricas –sujeitas ao regime de chuvas– e a energia fotovoltaica e eólica –também dependentes das condições climáticas.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo PoderData, a pedido da Eneva, um total e 74% dos brasileiros acredita que o país deveria investir mais em segurança energética. Além disso, para 72%, o caminho para alcançar segurança no fornecimento de energia é uma matriz energética diversificada, com investimentos em fontes renováveis e não renováveis.





