• Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Queda do dólar reduzirá preço da comida, diz ministro

Paulo Teixeira citou uma série de fatores que levaram ao aumento dos preços; evitou falar em data para a queda.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, avaliou nesta 3ª feira (4.fev.2025) que o preço dos alimentos deve cair com a baixa do dólar. Segundo o ministro, a redução deve acontecer “a curto prazo”, mas evitou falar em data.

“Com a diminuição do dólar que se deu no dia 20 [de janeiro] para cá, o dólar saiu de R$ 6,30, está em R$ 5,80 agora. A bolsa está subindo e isso vai refletir diretamente no preço dos alimentos”, declarou em entrevista ao Poder360.

Assista a um resumo da entrevista de Paulo Teixeira (3min19s):

A moeda norte-americana fechou em R$ 5,77 nesta 3ª feira (4.fev). Trata-se do menor valor registrado desde 19 de novembro de 2024. A cotação da moeda norte-americana registrou uma variação de 0,76%, com máxima de R$ 5,82 e mínima de R$ 5,75.

Segundo o ministro, um grupo de 5 alimentos exportáveis e que são commodities puxaram a alta da inflação. São eles: carnes, açúcar, café, laranja e derivados de soja. Afirmou também que o ciclo do boi (períodos de abates realizados a cada 7 anos) também fez com que os preços subissem.

“Então, com a diminuição do dólar, com o fim do ciclo do boi, com a concentração do crédito agrícola, você vai ter uma diminuição geral do preço de alimentos. É isso que nós estamos trabalhando. Evidentemente outras medidas estão na mesa do presidente da República, ele vai analisá-las daqui para frente”, disse.

A alta foi puxada também por fatores climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul (um dos maiores Estados produtores de arroz).

“O governo não forma preços, mas promove estímulos. Então, a diminuição do dólar foi uma forte política governamental ao fim do ciclo do boi. Nós centralizamos o crédito agrícola na cesta básica”, afirmou. Como efeito colateral, Teixeira disse que não há inflação de alimentos in natura.

A este jornal digital, o ministro disse que o governo criou um gabinete de acompanhamento de preços “multissetorial” para monitorar a alta e a queda do dólar. Envolve o Ministério da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Por: Poder360

Artigos Relacionados: