Método inédito de cálculo da calagem pode elevar em até 50% a produtividade do milhoPatrimônio cultural O público pôde conhecer e experimentar as novidades sobre a erva-mate, declarada patrimônio cultural do Rio Grande do Sul em 2023. O estudo confirmou que a planta apresenta variações específicas conforme a região de cultivo. Outra descoberta inovadora vem dos frutos da planta fêmea, antes descartados como resíduos pela cadeia produtiva e agora aproveitados para a produção de cachaça. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Experimentações das bebidas Durante cada oficina, os participantes receberam dois copinhos com ervas originárias do Alto Taquari. Na sequência, cada um dos 11 inscritos cevou seu chimarrão e comparou as percepções sensoriais. Segundo a pesquisadora Helen Hackbart, integrante da equipe, cerca de 200 compostos químicos influenciam diretamente no sabor e no aroma da erva-mate, reforçando a singularidade do produto regional. “Identificamos os principais elementos responsáveis pelas notas sensoriais, que podem variar de frutadas a herbais, com nuances de floresta e capim”, explica. Indicação geográfica O coordenador de Projetos de Agronegócio do Sebrae/RS, André Bordignon, ressaltou que a pesquisa se conecta ao processo de indicação geográfica, passo importante para a futura denominação de origem da erva-mate gaúcha. “Tomo chimarrão todos os dias e percebi que não conhecia a fundo a erva-mate. Essa troca de conhecimento é fundamental para fortalecer a identidade e a qualidade do nosso produto”, afirma.
Da erva à cachaça Os frutos da planta fêmea, até então considerados inúteis para a produção de erva-mate e vistos como um fator de enfraquecimento da árvore em relação ao macho, ganharam nova função. “Elaboramos um projeto para a produção de cachaça, com 500 litros desenvolvidos em uma planta piloto. Atualmente, investigamos o ponto ideal de maturação dos frutos para garantir a qualidade da bebida”, relata Helen. A pesquisa ainda está em andamento e a nova bebida destilada sequer tem nome definido. A degustação surpreendeu até mesmo especialistas. A engenheira agrônoma Gabriela Rodrigues Machado, que participou da oficina neste sábado (6/9), aprovou a novidade. “A cachaça produzida com a fruta da erva-mate foi excelente. Embora eu seja engenheira agrônoma, não havia considerado essa possibilidade. A bebida estava adocicada e agradável. Apesar da acidez, apreciei muito o resultado, valorizando a doçura e as nuances frutadas”, afirma. Oficinas de vinhos e queijos Além das oficinas sobre erva-mate, o Sebrae/RS promoveu três atividades diárias ao longo dos oito primeiros dias da Expointer, abordando a harmonização de queijos e vinhos gaúchos. As oficinas reuniram cerca de 300 participantes e tiveram como objetivo valorizar a diversidade da agroindústria gaúcha, aproximando produtores e consumidores. Terezinha Valdez Gaesk, de Águas Claras, participou das atividades e destacou o aprendizado. “Gosto de culinária e aprendi bastante nas oficinas. O cozinheiro compartilhou dicas valiosas em encontros rápidos, com degustação, que nos ajudam a refletir sobre o que consumimos no dia a dia”, observa. Texto: Elstor Hanzen/Ascom Expointer VEJA MAIS: