Temporada de confinamento aumenta alerta com a saúde dos bovinos
Plano Safra traz juros altos e equalização insuficiente, alerta Sistema FAEP
Para entidade, esses fatores podem dificultar ou até inviabilizar o acesso de produtores rurais a algumas linhas de custeio e/ou investimento.
Para entidade, esses fatores podem dificultar ou até inviabilizar o acesso de produtores rurais a algumas linhas de custeio e/ou investimento. O Sistema FAEP manifesta preocupação em relação aos juros previstos no Plano Safra 2025/26, anunciado nesta terça-feira (1º) pelo governo federal. As taxas foram elevadas entre 1,5 e 2% em relação à temporada passada, variando de 8,5% a 14% ao ano. Em documento enviado em maio ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), entidades paranaenses reivindicavam que as taxas de juros ficassem entre 7% e 11%, dependendo da linha de financiamento. Para o Sistema FAEP, isso pode dificultar ou até inviabilizar o acesso aos recursos. Além disso, o seguro rural ficou de fora no Plano Safra, outro motivo de alerta. “Mais uma vez, o setor produtivo e as entidades que representam os produtores rurais não foram ouvidas. A inviabilidade deste canal por parte do governo federal tem dificultado o planejamento da agropecuária, fazendo com que nossos agricultores e pecuaristas convivam com falta de recursos, juros altos que elevam ainda mais o custo de produção e incertezas em diversos pontos, como o seguro rural”, afirma o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette. “Esse Plano Safra é mais uma prova de como o governo federal não está olhando para o setor agropecuário como deve e merece”, complementa. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Temporada de confinamento aumenta alerta com a saúde dos bovinos Ainda, o Sistema FAEP alerta que os recursos para equalização (destinados a cobrir a diferença entre os juros praticados no mercado e a taxa ofertada nas linhas de financiamento do governo) podem ser insuficientes. O montante para o Plano Safra 2025/26 ainda não foi divulgado. As entidades paranaenses defendem, no mínimo, R$ 25 bilhões para operacionalizar o Plano Safra. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 prevê R$ 14 bilhões para a subvenção econômica das operações de crédito rural. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});“Na temporada passada, por exemplo, os recursos para equalização das taxas de juros acabaram já no início do ano. Com isso, as entidades financeiras, como bancos e corretoras, não conseguiam oferecer os financiamentos nas taxas de juros previstas no Plano Safra. Na prática, os financiamentos não saíram”, aponta Meneguette. “Ou seja, sem recursos suficientes para a equalização, corre o risco de os produtores rurais não conseguirem acessar as linhas de crédito, mesmo antes do fim da temporada”, reforça. Volume financeiro Em relação ao volume de recursos, o anúncio do governo ficou próximo dos R$ 597, bilhões reivindicados pelas entidades paranaenses. O Plano Safra 2025/26 disponibilizará R$ 516,2 bilhões para financiar médios e grandes produtores rurais. Somados aos R$ 78,2 bilhões que serão destinados à agricultura familiar, o setor agropecuário terá R$ 594,4 bilhões para a temporada. As modalidades de custeio e comercialização terão R$ 414,7 bilhões, o que corresponde a um aporte 3,3% superior ao da temporada passada. O montante, no entanto, é um pouco menor que os R$ 417 bilhões reivindicados pelo setor agropecuário paranaense. Por outro lado, o governo federal prorrogou até junho de 2026 a aplicação de desconto de 0,5% na taxa de juros de crédito rural de custeio para produtores rurais que adotarem práticas sustentáveis. Dentre as linhas de custeio, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) terá R$ 69,1 bilhões de recursos controlados, com juros de 10% ao ano. O volume é maior que os R$ 65,23 bilhões disponibilizados na temporada passada, mas inferior aos R$ 72 bilhões solicitados pelas entidades paranaenses. Ainda em relação ao Pronamp, o governo ampliou para R$ 3,3 milhões anuais o limite de renda para que produtores rurais possam acessar o programa. O Sistema FAEP também manifesta preocupação com o corte anunciado nas linhas voltadas ao investimento do setor. O Mapa deve liberar R$ 101,1 bilhões, uma queda de 5,4% em relação ao valor destinado na última safra. As entidades paranaenses defendiam a liberação de R$ 180 bilhões para investimento.
“Os cortes precisam ocorrer na máquina inchada do governo federal, e não em recursos voltados para o setor que segura a economia do país há anos, gera renda e empregos em todos os cantos. Vamos continuar lutando para conseguir mais recursos para que nossos produtores rurais possam trabalhar com certo planejamento”, define Meneguette. VEJA TAMBÉM: Setor Leiteiro considera positiva medida que prevê financiamento para transferência de embriões Climatempo emite alerta: tempo instável com frio e risco de geada nesta terça-feira Brasil conquista habilitação para exportar carne ao Vietnã com sua primeira planta autorizada ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Por: Redação